O desempenho do Rio Grande do Sul se destacou positivamente em comparação com os demais estados brasileiros e o Distrito Federal no que diz respeito à Taxa ajustada de frequência escolar líquida (Tafel) para pessoas entre 6 e 14 anos. Em 2022, o índice gaúcho alcançou 96,9% de frequência, superando significativamente a Meta 2 do PNE, estabelecida em 93,7%.
Este resultado ganha ainda mais relevância ao considerar que, em 2019, apenas Roraima não havia atingido a Meta 2 do PNE. No entanto, em 2022, 14 das 27 Unidades da Federação não conseguiram cumprir essa meta, incluindo Roraima (91,1%), Mato Grosso (93,3%), Pernambuco (93,5%), Paraíba (93,7%), Rio de Janeiro (93,8%), Rondônia (93,8%), Tocantins (94,1%), Amazonas (94,2%), Paraná (94,3%), Goiás (94,3%), Bahia (94,3%), Espírito Santo (94,3%), Pará (94,5%) e Santa Catarina (94,8%).
Esses dados são parte da pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta quarta-feira.
O estudo também revela uma tendência de aumento no atraso escolar no início do ensino fundamental após os dois primeiros anos da pandemia de Covid-19, conforme evidenciado pelos dados do Censo Escolar da Educação Básica do INEP.
A taxa de distorção idade-série do 1º ano do ensino fundamental, que mensura a proporção de crianças com idade acima da esperada para essa série, aumentou de 2,8% para 4,0% em todo o país de 2019 para 2022. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram os maiores incrementos nessa distorção, atingindo, em 2022, 5,7%, 5,8% e 3,8% dos alunos no 1º ano do ensino fundamental, respectivamente.
A piora no atraso escolar no 1º ano foi mais intensa entre as crianças que frequentavam a área urbana (de 2,6% para 3,9%) e nas escolas das redes privada (de 2,8% para 5,2%) e estadual (de 2,3% para 4,3%). Não houve aumento na taxa de distorção idade-série do 1º ano do ensino fundamental na área rural nem na rede.