Na manhã desta segunda-feira (12), o Movimento SOS Agro RS divulgou uma carta à população expressando sua insatisfação com a recente medida provisória do Governo Federal. Segundo o movimento, a medida não atende às demandas dos produtores rurais que enfrentam uma crise profunda, agravada pelas enchentes devastadoras de maio deste ano e por problemas climáticos recorrentes nas últimas safras.
A nota do SOS Agro destaca que os últimos três anos foram particularmente difíceis para a agricultura e a pecuária, com eventos climáticos adversos que comprometeram severamente lavouras e pastagens. “Três anos consecutivos de problemas climáticos devastaram nossas colheitas e criaram um ambiente insustentável para a agricultura e a pecuária”, enfatiza a nota.
Para pressionar o governo a adotar medidas mais eficazes, uns dos organizadores do movimento, Matheus Corazza e Thiago Durigon, planejam entregar a carta à Superintendência do Ministério da Agricultura em Brasília nesta terça-feira (13). “Nosso objetivo é mostrar a urgência da situação e exigir mudanças que realmente atendam às necessidades dos produtores rurais”, afirmou Matheus.
Em paralelo, no Rio Grande do Sul, produtores rurais continuarão suas manifestações com tratores. A próxima grande reunião do movimento ocorrerá nesta terça-feira, dia 13 de agosto, em Tapera, onde os organizadores esperam uma mobilização significativa da comunidade local. “Pedimos o apoio de todos: comerciantes, cooperativas e entidades locais. Essa causa não é apenas do agronegócio, é uma causa de todos. Se o agronegócio vai mal, a cidade também sofre”, destacou Thiago Durigon.
Durante a manifestação em Tapera, os participantes serão convidados a levar bandeiras do estado ou, se não tiverem, a simplesmente participar para mostrar apoio. A ideia é demonstrar a força da mobilização e pressionar os parlamentares que votarão na medida provisória em Brasília.
A mobilização do SOS Agro já demonstrou força em eventos anteriores. Na última quinta-feira (8), mais de 300 tratores se reuniram em Porto Alegre para um protesto que destacou a falta de resposta efetiva do governo às promessas feitas desde o início das enchentes. “Nada foi concretizado, e nem mesmo o primeiro tijolo da primeira casa prometida foi entregue. A situação é alarmante”, lamentou Matheus Corazza.
O movimento SOS Agro continua aguardando uma resposta concreta do governo, incluindo a renegociação das dívidas dos produtores afetados. “Os produtores do Vale do Taquari enfrentam uma situação desesperadora. Precisamos de ações reais e imediatas, não apenas de prorrogações”, concluiu o organizador.
Em resposta à insatisfação com a medida provisória do Governo Federal, o Movimento SOS Agro RS organizou uma grande mobilização para esta terça-feira (13) em Tapera. A manifestação, batizada de “Tratoraço em prol do agronegócio gaúcho”, terá início às 9h30 no trevo de acesso à cidade.
