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No Rio Grande do Sul quase metade das pessoas que vivem em união conjugal não casaram

Estado

05 de novembro de 2025

No Rio Grande do Sul quase metade das pessoas que vivem em união conjugal não casaram
Dados do Censo mostram crescimento da união consensual nos últimos anos
Foto : Freepik

A cada 100 pessoas que vivem em algum tipo de união conjugal no Rio Grande do Sul, 45 não casaram, de acordo com o Censo 2022. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 5.

O levantamento mostra que 5.297.244 de pessoas vivem em união conjugal. Destes, 45,1% (ou 2.388.034 pessoas) não optaram pelo casamento civil nem pelo religioso; 37,4% (1.982.643) tiveram casamento no civil e no religioso; 15,59% (825.623) optaram apenas pelo casamento civil; e 1,9% (100.944) apenas pelo casamento religioso.

Os resultados preliminares da amostra “Nupcialidade e família” mostram um aumento da chamada união consensual nos últimos anos no território gaúcho. Em 2000, eram 26,8%; em 2010, chegou a 37,9%; e, em 2022, 45,1%

O RS é o estado da região Sul com maior percentual deste tipo de união conjugal. Em Santa Catarina, são 41%, e, no Paraná, 33,5%.

O estado com maior percentual de pessoas em união consensual é o Amapá, com 62,6% da população com 10 anos ou mais. O menor percentual está em Minas Gerais, 29,4%.

De acordo com a definição utilizada pelo IBGE, a união consensual é o conceito utilizado “para a pessoa que vivia em companhia de cônjuge com quem não contraiu casamento civil nem religioso”. Estão incluídas as pessoas que vivem em união estável com contrato registrado em cartório

No Brasil, maioria vive algum tipo de união

No Brasil, mais da metade (51,3%) das pessoas com idade a partir de 10 anos vive em algum tipo de união conjugal. O dado teve um pequeno aumento em relação aos levantamentos anteriores. Em 2000, 49,5% vivia algum tipo de união no momento das entrevistas. Em 2010, eram 50,1%.

O levantamento apresenta ainda uma distribuição por sexo das pessoas que viviam unidas, seja por casamento civil e/ou religioso ou então por união consensual no Brasil. Nota-se uma diferença entre homens e mulheres, sendo que os maiores percentuais no sexo feminino se concentram entre as mais jovens, ocorrendo o inverso no sexo masculino.

Nas faixas etárias até 39 anos, há mais mulheres em algum tipo de união. O maior percentual ocorre entre os 30 e os 39 anos, 24,6%. Entre os 40 aos 49, há equilíbrio. Nessa faixa, 23,2% dos homens e 23,1% das mulheres declararam algum tipo de união. O maior percentual de homens em união ocorre a partir dos 60 anos, 31,8%.

Em 2022, 30,1% das pessoas com 10 ou mais anos afirmaram nunca ter vivido uma união conjugal. Em 2000, eram 38,6%.

Mais separações

O levantamento mostra ainda um aumento nas separações, independentemente da natureza da união conjugal.

No RS, 19,5% dos entrevistados afirmaram que não viviam mais uma união, mas já tinham vivido anteriormente. Em 2000, eram 12,4%. O percentual de separados no estado segue um pouco acima da média nacional.

No Brasil, 18,6% afirmaram já ter vivido união conjugal no passado. Eram 11,9% em 2000 e 14,6% em 2010.

Neste quesito, o RS também tem o maior percentual da Região Sul, seguido pelo Paraná (17,2%) e Santa Catarina (16,1%).

Fonte: Correio do Povo