Carne gaúcha pode se tornar vitrine global
03 de setembro de 2025

Mais do que essa superação, a pecuária do Rio Grande do Sul pode representar esperança para o agronegócio gaúcho, afetada pelos prejuízos decorrentes das mudanças climáticas. A avaliação é do sócio-proprietário do Frigorífico Coqueiro, Luiz Roberto Saalfeld, palestrante convidado do Tá na Mesa, especificações realizadas na Expointer. No evento promovido pela Federasul nesta quarta-feira, dia 3 de setembro, ele destacou que a produção de carne com qualidade superior e sabor diferenciado é como um cartão de visitas do Estado para o mundo. “O céu é o limite”, afirmou, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Para Saalfeld, há um amplo mercado de carnes gourmet a ser movimentado pelo Rio Grande do Sul no cenário internacional, a partir do sabor, maciez, suculência, precificação e identidade geográfica. Enquanto países como Austrália e Estados Unidos enfrentam limitações de clima e custos elevados, a pecuária gaúcha pode despontar como alternativa competitiva de qualidade. O sócio-proprietário trouxe dados para comparar a representatividade do Estado no cenário interno. Do volume de abates realizados no Brasil em 2024, que somou 39,27 milhões de cabeças, a participação do Rio Grande do Sul foi de 1,94 milhões, 4,95%.
Amparados pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Saalfeld destacou que São Paulo, Goiás e Mato Grosso, juntos, foram responsáveis por 15,2 milhões de abates, 38,7%. “Só o estado de Mato Grosso representa 18,3%
7,36 milhões de cabeças”, chamou a atenção Saalfeld, que atua há quatro décadas no setor. “O Brasil é relatado como um dos países exemplos do mundo quando conversamos em carne. A Austrália tem 28,5 milhões de cabeças (rebanho). Será que não tem uma grande oportunidade para o RS, SC e PR?”, provocou a reflexão. “A obsessão da China pela carne brasileira está cada vez maior”, acrescentou.
“Nós tratamos a carne como se fosse uma pedra preciosa a ser lapidada, artesões de carne”, explicou, referindo-se à equipe do Frigorífico Coqueiro e à importância de diferenciar para agregar valor ao produto.
No evento também foi realizada a conferência de premiação do 13º Prêmio Vencedores do Agronegócio, do 9º Prêmio Elas no Agro e o 1º Jovem no Agro, destacando projetos inovadores e empreendimentos de sucesso no setor agropecuário.

Categoria Antes da Porteira, Launer Química Indústria e Comércio, de Estrela; Categoria Dentro da Porteira Sítio Esperança Produtos Autorais, de Barão de Cotegipe – Vice-campeã de melhor queijeira do Brasil; Categoria Depois da Porteira Instituto Cooperconecta, de Bagé; Categoria ESG
Instituto Retomada, de Estrela;
Elas no Agro: Anahí Empório, de Santo Ângelo;
Jovem no Agro: Sofia Dias da Costa Lemos, de Cruz Alta.
Fonte: Correio do Povo