Saiba como se proteger das doenças respiratórias durante o inverno
19 de maio de 2025

Diante da queda de temperatura no Rio Grande do Sul durante o inverno, doenças respiratórias se tornam uma ameaça à saúde da população, e as autoridades em saúde alertam alerta para que a população adote cuidados básicos porém essenciais que ajudam na preservação do corpo.
Este período de mais frio e umidade favorece a disseminação de vírus, como o da gripe ou o da covid-19. Associado a isso, hábitos como permanecer em ambientes fechados, com pouca circulação de ar, e negligenciar alimentação equilibrada e sono adequado podem provocar piora na imunidade, proporcionando mais facilidade de contágio e transmissão de agentes infecciosos.
“Além da tendência de as pessoas ficarem mais tempo em ambientes fechados, a umidade favorece o enfraquecimento das barreiras naturais que o corpo humano possui. É fundamental abrir as janelas, evitar aglomerações sempre que possível, fazer exercícios regularmente e vestir-se, alimentar-se e dormir adequadamente para fortalecer o sistema imunológico”, defende o pneumologista Fábio Maraschin, médico cooperado da Unimed Porto Alegre.
Manter a vacinação em dia, especialmente contra gripe e pneumonia, é importante para reduzir o risco de complicações respiratórias. Práticas simples como evitar tocar o rosto, limpeza nasal com soro fisiológico e lavar as mãos com frequência também ajudam na prevenção.
O especialista explica que além da disseminação de vírus, a poluição do ar também é facilita o desenvolvimento de doenças respiratórias no período mais frio.
“Gotículas de umidade ou fumaça, por exemplo podem carregar alergênicos, vírus e bactérias. A poluição altera o processo inflamatório das mucosas e contribui para a piora de inflamações respiratórias”, afirma.
Maraschin cita outros cuidados considerados por ele indispensáveis, entre os quais a manutenção correta de ar-condicionado e um olhar atento para mofos e bolores, principalmente no quarto.
“Seguidamente vou investigar o caso de um paciente com tosse crônica e o problema está no quarto, que precisa ser limpo, aerado, receber a luz do sol com frequência e estar livre de plantas, ácaros e animais domésticos. Passamos um terço de nossas vidas neste ambiente, que deve receber esse olhar especial”, enfatiza o pneumologista.
Por fim, o especialista lembra a necessidade do acompanhamento médico. “As pessoas com doenças crônicas como rinite alérgica e asma, precisam fazer o tratamento adequado e não podem dispensar acompanhamento”, completa.
Inimigo silencioso
Conforme o Ministério da Saúde, o inverno rigoroso traz consigo outro inimigo silencioso e potencialmente letal: a hipotermia. A condição, caracterizada pela redução da temperatura corporal abaixo dos 35° C, pode ocorrer rapidamente em condições de frio intenso, sobretudo quando acompanhadas de ventos fortes e umidade elevada. Os sintomas incluem palidez, tremores intensos e extremidades geladas.
Pessoas mais vulneráveis, como idosos, crianças e indivíduos com doenças crônicas, estão mais suscetíveis à hipotermia e devem receber atenção especial durante períodos de frio intenso. Caso a temperatura corporal não aumente, a orientação é buscar ajuda médica imediatamente.
Para não descuidar o corpo é importante proteger as extremidades com luvas, gorros, meias e cachecóis. Usar hidratantes e protetor labial para evitar o ressecamento da pele também é essencial, bem como vestir-se em camadas para regular a temperatura corporal. A prática de atividades físicas continua sendo recomendada, especialmente a movimentação dos dedos, braços e pernas, para evitar o arrefecimento do corpo.
Confira alguns cuidados a serem tomados diante do frio*
- Hidrate-se bem: embora menos perceptível no frio, a desidratação ainda pode ocorrer durante o período de baixas temperaturas. É aconselhável beber bastante água e evitar bebidas alcoólicas, que podem aumentar a perda de calor corporal.
- Agasalhe-se: para reter o calor corporal, é recomendável se vestir em camadas para se proteger das baixas temperaturas. Use roupas térmicas, casacos, luvas, gorros e cachecóis para resguardar as extremidades, que perdem calor mais rapidamente.
- Cuidados com a pele: o forte frio pode causar ressecamento da pele. É recomendável utilizar hidratantes para evitar rachaduras e irritações.
- Cuidados com aquecedores: ao utilizar esse tipo de equipamento, certifique-se de que estejam em boas condições e mantenha uma ventilação adequada para evitar intoxicação por monóxido de carbono.
- Proteção dos pés e extremidades: use calçados impermeáveis e meias de lã para manter os pés secos e quentes, prevenindo frieiras e hipotermia.
- Faça atividades físicas em casa: se possível, faça exercícios leves em casa para manter a circulação e a temperatura corporal.
- Evite sair de casa sem necessidade: limite as atividades ao ar livre durante os períodos mais frios, especialmente para grupos mais vulneráveis.
Fonte: Correio do Povo