Farsul apresenta posição sobre 38 projetos que impactam o agronegócio gaúcho
01 de maio de 2025

A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) apresentou, na noite desta terça-feira (29), sua Agenda Legislativa de 2025, com a posição oficial da entidade sobre 38 projetos de lei que tramitam na Assembleia Legislativa e afetam diretamente o setor agropecuário.
O evento, realizado na sede da federação em Porto Alegre, contou com a presença do presidente da Assembleia Legislativa, Pepe Vargas (PT), do líder do governo na Casa, Frederico Antunes (Progressistas), de outros 11 deputados estaduais e do secretário da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (Seapi), Edivilson Brum.
Entre os temas abordados nos projetos estão irrigação, segurança fundiária, defensivos agrícolas e direito à propriedade privada. O mais antigo deles está em tramitação desde 2011.
Segundo a Farsul, a entidade se posiciona favorável ou convergente a 20 propostas, é contrária ou divergente a 15 e mantém em análise outras três.
Durante o encontro, a federação também alertou para a situação crítica do campo gaúcho, que enfrenta perdas recorrentes nos últimos anos devido a eventos climáticos extremos. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, destacou que, entre 2020 e 2024, o Estado deixou de colher 40 milhões de toneladas de grãos.
Sem contar a safra atual, já são mais de R$ 160 bilhões que deixaram de circular. Se considerarmos todo o agronegócio, o impacto chega a R$ 360 bilhões, afirmou Gedeão.
O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, lembrou que quatro dos cinco maiores complexos industriais do Rio Grande do Sul dependem diretamente da produção de grãos. “Sem grão, não há produção. O Estado está 12 pontos percentuais abaixo do PIB nacional desde 2020, por conta desse ciclo terrível”, afirmou.