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Governo Milei prevê envio de Forças Armadas para fronteira com Brasil

Mundo

30 de abril de 2025

Governo Milei prevê envio de Forças Armadas para fronteira com Brasil
Soldados do Exército da Argentina
Fonte: Divulgação / CNN

O governo da Argentina prevê o envio, a partir da semana que vem, de militares para as fronteiras com Paraguai, Bolívia e Brasil. A definição dos locais em que as tropas serão posicionadas ocorrerá de acordo com as solicitações de apoio feitas pelo Ministério da Segurança do país.

A informação foi confirmada para a CNN pelo ministério da Defesa argentino. O objetivo da “Operação Roca”, como foi batizada, é reforçar a segurança das fronteiras terrestres, fluviais e aéreas.

De acordo com o governo de Javier Milei, os integrantes das Forças Armadas serão enviados para zonas rurais não habitadas da fronteira do norte e nordeste argentinos, longe das passagens fronteiriças oficiais, para auxiliar no combate à criminalidade e na proteção do território.

Mais de 10 mil militares do Exército argentino estão envolvidos na operação, com 1.300 deles deslocados para as fronteiras. Segundo o governo, serão utilizados drones, radares móveis, helicópteros, comunicações e um avião Diamond para as patrulhas e obtenção de informações.

De acordo com o ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri, os militares poderão prender civis durante as operações.

“[Atuarão com] o equipamento, capacitação e as normas imprescindíveis para que possam, entre outras coisas, prender delinquentes, traficantes de drogas e terroristas, mas também poder repelir uma agressão quando assim sofrerem”, afirmou.

Em janeiro, a ministra da Segurança de Milei, Patricia Bullrich, afirmou que o país iria construir uma cerca de 200 metros na fronteira com a Bolívia e aumentar o controle no limite com o Brasil.

“Agora vamos ir para outros pontos, vamos para a fronteira de Misiones com o Brasil”, pontuou a ministra em entrevista à Rádio Mitre, referindo-se às cidades integradas dos dois países e citando especificamente Bernardo de Irigoyen, que faz divisa com Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR).

Na época, ela argumentou que em vários pontos da divisa entre Misiones e o Brasil é possível passar caminhando e que há “um problema muito sério” na região, inclusive com “assassinatos por pistoleiros”.

Fontes do Itamaraty falaram sob reserva à CNN que, pela informação disponível até o momento, a operação de envio de militares parece ser um movimento interno da Argentina, que não precisaria ser comunicado ao governo brasileiro, e ressaltaram que ambos os países têm “plena cooperação transfronteiriça”.

Fonte: CNN