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Árvores frutíferas e araucárias são novidades do Viveiro de Cidadania na Expodireto Cotrijal 2025

Expodireto

14 de março de 2025

Árvores frutíferas e araucárias são novidades do Viveiro de Cidadania na Expodireto Cotrijal 2025
Divulgação / Cotrijal

O “Viveiro de Cidadania” é um projeto da Cotrijal que existe desde 2020 no município de Passo Fundo-RS. No local, 53 colaboradores da Cotrijal com deficiência intelectual e múltipla trabalham diretamente na produção de mudas de árvores nativas.

Como novidades para a Expodireto Cotrijal 2025, as mudas de laranjeira e araucária se uniram aos tradicionais ipê, leucena, angico, jacarandá e ingá. No estande também estão disponíveis para visualização as sementes de aroeira, ipê amarelo, jacarandá, cipreste, cereja e pitanga.

Mais de duas mil plantas já foram distribuídas para os visitantes. Com uma procura maior, as mudas de ipê já terminaram. Ao todo, seis mil unidades foram separadas para a distribuição durante os cinco dias de Expodireto, quantidade que deve ser distribuída em sua totalidade.

É a quarta vez que o Viveiro de Cidadania está inserido na feira, localizado ao lado esquerdo do acesso principal do parque. Todos os dias, 28 colaboradores portadores de deficiência trabalham no local explicando o processo de semeadura.

A coordenadora de Projetos Sociais da Cotrijal, Maria Carolina Rovani, explica que diariamente as mudas são distribuídas aos cooperados da Cotrijal, porém, durante os dias de feira a ideia é que os visitantes compareçam até o estande e conheçam mais sobre o viveiro. “O espaço também é de imersão e inclusão social”, destaca a coordenadora.

O programa é uma parceria com a APAE de Passo Fundo e o projeto funciona em espaço da entidade. Por isso, a maior parte dos colaboradores são pessoas que participavam de atividades na própria APAE.

O processo de separação das plantas é feito por pessoas com deficiência que são colaboradores da Cotrijal. Uma equipe com alguns membros que são mais autônomos faz a coleta de sementes e leva até o viveiro em bags que são recolhidos por outra equipe, que separa o material utilizável. “Este processo exige uma mobilidade fina, que desenvolve outros fatores fundamentais para a vida deles”, explica Maria Carolina. Outra parte do processo é a germinação, feita em casas germinativas e estufas. A parte final do trabalho é o cuidado diário nas rotinas de manutenção e separação das plantas.

A coordenadora do projeto diz que a “evolução profissional é notável”, desde a organização, trabalho em equipe e manuseio das mudas, considerado por ela um desenvolvimento também para a vida pessoal: “Eles desenvolvem autonomia. São pessoas que dependiam de um auxílio financeiro e passam a ser assalariados e podem realizar seus sonhos e objetivos pessoais”, ressalta Maria Carolina.

O processo de distribuição das mudas ocorre de forma orgânica e natural. “Os visitantes precisam ouvir e conhecer o trabalho realizado para se conscientizarem sobre a história das mudas”, finaliza a coordenadora, enfatizando ainda o impacto causado ao ver pessoas com deficiência uniformizadas e trabalhando: “São ouvidos relatos emocionantes de pessoas que não esperavam ser atendidas por colegas com deficiência”.