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Ministério da Agricultura prepara alterações no seguro rural

Agro

04 de fevereiro de 2025

Ministério da Agricultura prepara alterações no seguro rural
Alterações no seguro rural foram tema de conversa entre Fávaro (E) e Haddad
Foto: Mapa / Divulgação / CP

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) prepara alterações no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), que devem ser incluídas no Plano Safra 2025/2026, com anúncio previsto para junho. A mudança no seguro rural foi debatida entre o titular da pasta, Carlos Fávaro, e seu colega da Fazenda, Fernando Haddad, no último dia 29.

Na pauta do encontro, além do que seria a “modernização” do PSR, os dois ministros conversaram sobre o próximo Plano Safra e eventuais ações do governo federal para garantir a estabilidade de preços dos alimentos no país.

Para Fávaro, de acordo com informações divulgadas pelo Mapa, o PSR precisa ser mais efetivo na oferta de segurança ao produtor em períodos de instabilidade climática e incertezas na produção de alimentos. “É fundamental pensarmos em mecanismos que possam ser implementados no novo Plano Safra”, disse Fávaro.

Debate na FGV

O tema voltou a ser debatido na última sexta-feira, 31, durante um workshop promovido pela Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, com a participação de representante do Mapa, da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Na oportunidade, o assessor técnico da CNA Guilherme Rios destacou que, atualmente, apenas 16% da área de 70 milhões de hectares cultivados no país estão cobertos pelo seguro rural. De acordo com Rios, em 2024 o setor discutiu muito para encontrar um novo modelo de seguro rural, usando, inclusive, o modelo praticado nos Estados Unidos como exemplo.

Avaliação da Farsul

O vice-presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Elmar Konrad, avalia que o projeto do governo federal deverá ficar aquém do que tem sido demandado pela agropecuária nacional.

“Essas promessas de alteração nunca vem a contento na realidade do produtor. Principalmente para nós, aqui do Rio Grande do Sul”, disse Konrad.

O vice-presidente revelou que acompanha o assunto, mas afirmou que Farsul ou mesmo a CNA não foram consultadas pelo Mapa para elaboração do projeto. Konrad lembrou as perdas sofridas pelo agro gaúcho nos últimos quatro anos e que os custos do seguro são incompatíveis com o benefício oferecido. O dirigente considera que é necessário adotar um tratamento diferenciado para o Rio Grande do Sul. Por fim, Konrad salientou que situação semelhante ocorre com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

“Houve alterações muito significativas de aumento no custo e redução abrupta na cobertura”, disse o vice-presidente da Farsul.

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Carlos Joel da Silva, calcula que a cobertura do Proagro no Estado baixou para até 25%, em alguns casos.

Fonte: Correio do Povo