Exército de Israel aprova plano para retirada da Faixa de Gaza
12 de janeiro de 2025
As Forças de Defesa de Israel aprovaram nos últimos dias diversos planos para a retirada rápida de tropas de grandes áreas na Faixa de Gaza, informou o jornal israelense “Haaretz” no último final de semana.
A aprovação do plano ocorre em meio ao progresso nas negociações para a liberação dos reféns em poder do grupo terrorista Hamas. A saída do Exército israelense do território palestino é uma das condições do Hamas para fechar um acordo de trégua.
O progresso nas negociações por uma trégua no conflito com liberação de reféns, algo que o governo de Biden tentou durante todo o ano de 2024, ocorre às vésperas da posse de Donald Trump, que retorna à presidência dos EUA na sexta-feira (20). Trump afirmou que “os portões do inferno se abrirão no Oriente Médio” e que “o Hamas irá pagar caro” caso não haja um acordo de cessar-fogo até sua volta à Casa Branca.
Israel empreende uma ofensiva militar em Gaza desde outubro de 2023, após um ataque terrorista do Hamas no sul do território israelense, que deixou cerca de 1.200 mortos e cerca de 250 foram levados ao território palestino como reféns.
Ainda segundo o “Haaretz”, o Exército israelense está pronto para implementar qualquer acordo feito pelo governo, inclusive um que faria o órgão precisar retirar rapidamente suas tropas da Faixa de Gaza.
Cerca de 100 reféns ainda estão sob o poder do Hamas em Gaza, segundo estimativas. Não se sabe o estado de saúde de cada um deles, e a estimativa é que alguns deles estejam mortos.
O enviado especial de Trump para negociar a trégua, Steve Witkoff, reuniu-se com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Witkoff se encontrará com representantes de outros países no Catar nos próximos dias para continuar as negociações entre Israel e Hamas. Os EUA, Egito e o Catar mediam as tratativas pelo cessar-fogo.
Após o encontro com Witkoff, Netanyahu anunciou neste sábado que enviará o chefe do Serviço de Inteligência israelense, o Mossad, para representar o país. O chefe da Shin Bet, serviço de segurança israelense, também estará presente.
Ao mesmo tempo, quatro soldados israelenses foram mortos no norte de Gaza nesse sábado (11).
Fonte: Redação G1