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Farsul avalia positivamente Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos

Agro

19 de dezembro de 2024

Farsul avalia positivamente Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos
Rastreabilidade ajuda a rastrear de enfermidades sanitárias até a qualidade da carne para o consumidor
Foto: Bernhard Rudolf Schroers / Arquivo Pessoal

Para o coordenador da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), José Fernando Lobato, o novo Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos foi lançado em um momento oportuno para o setor. A iniciativa foi apresentada pelo Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, dia 17.

“Veio em boa hora, porque o Brasil é extremamente heterogêneo e diverso. Se surgir um caso de vaca louca, por exemplo, no Mato Grosso, congela todo o país. Tendo a rastreabilidade fica específico”, destacou, lembrando a ocorrência mais recente de gripe aviária no Rio Grande do Sul, em Anta Gorda, quando a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) bloqueou a região e realizou todas as práticas sanitárias necessárias.

A iniciativa do Ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), tem como principal objetivo qualificar e aprimorar a rastreabilidade ao implementar um sistema de identificação individual que permitirá acompanhar e registrar o histórico, a localização atual e a trajetória de cada animal identificado. Conforme anunciado por Fávaro, a medida fortalecerá os programas de saúde animal.

“O plano é muito bom para o Brasil porque assegura mercados”, destacou o coordenador”, explicou Lobato.

A presidente da Associação Gaúcha de Criadores de Búfalos (Ascribu), Desireé Möller, destaca o avanço da segurança alimentar a partir da iniciativa. “No cenário que o Brasil se encontra hoje de ser um dos maiores exportadores de proteína animal do mundo, a rastreabilidade é de extrema importância visto que estamos tratando sobre segurança alimentar. O país só se tornou essa potência por todo o cuidado que os produtores têm ao longo do processo com os seus rebanhos”, pontuou.

Nessa direção, para Desireé, o Plano Nacional é um aliado para o setor.

“Saber de onde veio determinado animal, os cuidados e os lugares que transitou ajuda muito a rastrear possíveis enfermidades sanitárias até na transformação como produto alimentar”, enfatizou, complementando a possibilidade de o consumidor distinguir a qualidade da carne, a propriedade e, inclusive, suas práticas de preservação de biomas.

O Plano, liderado pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), contou com a participação de entidades do setor privado. A implementação será gradual e ocorrerá ao longo dos próximos sete anos. Entre 2024 e 2026, será construída a base de dados nacional. Entre 2027 e 2029, terá início a identificação individual dos animais, com a previsão de atingir todo o rebanho até 2032.

“O plano é uma prática que veio para ficar, não só para a pecuária de corte. É bem-vindo, vamos nos ajustar porque temos um setor em evolução”, finalizou o coordenador da Comissão de Pecuária de Corte da Farsul.

Fonte: Correio do Povo