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Dia Nacional de Combate ao Fumo: entenda o impacto do tabagismo na saúde

Dr. Saulo Cocio Martins Filho reforça a importância da conscientização contra o consumo do tabaco, responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil

por Daiane Giesen
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O tabagismo, hábito de consumir cigarros ou produtos com tabaco, representa 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil, segundo dados da Fundação do Câncer. Instituído por lei desde 1986, o Dia Nacional de Combate ao Fumo é celebrado nesta quinta-feira (29), com objetivo de reforçar as ações de sensibilização e mobilização da população para os danos causados pelo tabaco.

O tema é uma das pautas que o cirurgião torácico e pneumologista, Dr. Saulo Cocio Martins Filho, aborda com pacientes a cada ano. Apesar da legislação nacional e de outras políticas públicas como a Lei Antifumo — que proíbe o ato de fumar em ambientes coletivos —, o tabagismo continua sendo um problema de saúde pública.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a expectativa de vida das pessoas que fumam pode ser reduzida em até 10 anos. O Dr. Saulo Martins Filho explica que isso acontece porque o cigarro pode gerar doenças no pulmão e também no trato digestivo e urinário. “No Brasil, 80% das mortes de câncer de pulmão estão relacionadas ao tabagismo. Além das doenças pulmonares, como câncer e enfisema pulmonar, o cigarro pode causar ou agravar diversas outras doenças, principalmente urinárias e no trato digestivo”, ressalta.

Nesta data de conscientização, o médico lembra que a realidade do tabagismo está conectada com o histórico do hábito de fumar que surgiu ainda na idade média. Em tempos mais atuais, o consumo mudou com a chegada dos cigarros eletrônicos, conhecidos como “vape”, sobretudo com as novas gerações. Segundo ele, a classe médica já está em alerta com o modo de funcionamento dos dispositivos.

“Ainda não temos estudos concretos, mas já sabemos que os fumantes de cigarros eletrônicos devem ter casos graves de doenças intersticiais em um curto espaço de tempo. Temos casos de adolescentes que usaram em excesso esses inaladores e apresentam casos fibrosantes, onde basicamente o pulmão endurece. Já os efeitos relacionados ao câncer de pulmão só poderão ser vistos de forma mais concreta em alguns anos porque essa doença demora mais para surgir e ser diagnosticada”, explica Dr Saulo.

Dr. Saulo orienta que o paciente que é fumante e tem o desejo de parar precisa entender a sua necessidade e buscar ajuda profissional com um médico que faça o acompanhamento para, aos poucos, diminuir e eliminar o vício. “A maneira com que devemos combater essa situação é ajudando o paciente a enfrentar esse problema e criar uma oportunidade para que ele consiga gradativamente parar de fumar, se você fuma e quer parar existem médicos especializados nessa questão”, aponta.

Recomendações para fumantes e ex-fumantes

Para aqueles que pararam de fumar recentemente, o cirurgião torácico e pneumologista recomenda uma atenção maior à saúde e realização de check-ups respiratórios. “Dependendo do seu caso, o médico indicará quais exames devem ser realizados e se há a necessidade de tratamento”, finaliza.

Em entrevista ao Grupo Ceres de Comunicação, o médico destacou que, apesar de anos de campanha contra o tabagismo, o número de fumantes ainda é alto e que o paciente precisa se consientizar sobre os melefícios do tabaco.

Ouça a entrevista:

Dr. Saulo Cocio Martins Filho

Dr. Saulo Cocio Martins Filho é médico pneumologista e cirurgião torácico com atuação em Passo Fundo e região. Doutor em Medicina, o profissional atua com doenças como asma, tabagismo, pneumonia, entre outras. Além disso, o cirurgião torácico, que é pioneiro na área do Norte do Rio Grande do Sul, também realiza procedimentos de trauma torácico, hiperidrose, endoscopia respiratória e cirurgia torácica oncológica.

Texto: Propósito Comunicação Corporativa

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