A Rússia disse nesta segunda-feira (22) que o apoio militar de Estados Unidos, Reino Unido e França à Ucrânia levou o mundo à beira de um confronto direto entre as maiores potências nucleares do mundo que poderia terminar em uma catástrofe.
A invasão da Ucrânia pelo presidente Vladimir Putin em 2022 provocou a pior ruptura nas relações entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962, de acordo com diplomatas russos e norte-americanos.
Apenas dois dias depois que os parlamentares dos EUA aprovaram bilhões de dólares em ajuda militar adicional à Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os Estados Unidos e a Otan estavam obcecados com a ideia de infligir uma “derrota estratégica” à Rússia.
Lavrov afirmou que o apoio ocidental à Ucrânia estava colocando os Estados Unidos e seus aliados à beira de um confronto militar direto com a Rússia.
Desde o início da guerra, a Rússia tem falado repetidamente sobre o aumento dos riscos nucleares – alertas que os Estados Unidos dizem ter que levar a sério, embora as autoridades norte-americanas digam que não viram nenhuma mudança na postura nuclear russa.
Putin apresenta a guerra como parte de uma batalha secular contra um Ocidente decadente que, segundo ele, humilhou a Rússia após a queda do Muro de Berlim em 1989, ampliando a Otan e invadindo o que Moscou considera ser a esfera de influência histórica da Rússia.
A Ucrânia e seus apoiadores ocidentais dizem que a guerra é uma apropriação de terras no estilo imperial por uma ditadura corrupta que levará a Rússia a um beco sem saída estratégico. Os líderes ocidentais prometeram trabalhar para derrotar as forças russas na Ucrânia, ao mesmo tempo em que descartam qualquer envio de pessoal da Otan para lá.