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Israel não descarta expansão da guerra para o Líbano durante conversa com os Estados Unidos

por felipekeller
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O presidente americano Joe Biden enviou seus principais assessores ao Oriente Médio com um objetivo crucial: impedir a eclosão de uma guerra total entre Israel e o grupo fundamentalista libanês Hezbollah.

Israel deixou claro que considera insustentável a troca regular de tiros entre suas forças e o Hezbollah ao longo da fronteira e pode lançar em breve uma grande operação militar no Líbano. “Preferimos o caminho de um acordo diplomático”, disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, na sexta-feira (05), “mas estamos nos aproximando do ponto em que a ampulheta vai virar”.

As autoridades americanas estão preocupadas com a possibilidade de o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, ver uma luta ampliada no Líbano como fundamental para sua sobrevivência política, em meio a críticas internas sobre o fracasso de seu governo em impedir o ataque do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro, que matou cerca de 1,2 mil pessoas e resultou em cerca de 240 reféns levados para Gaza.

Em conversas particulares, o governo americano advertiu Israel contra uma escalada significativa no Líbano. Se isso acontecesse, uma nova avaliação secreta da DIA (Defense Intelligence Agency) constatou que seria difícil para as FDI (Forças de Defesa de Israel) serem bem-sucedidas porque seus ativos e recursos militares estariam muito dispersos devido ao conflito em Gaza, de acordo com duas pessoas familiarizadas com essas descobertas. Um porta-voz da DIA não fez comentários.

Dezenas de funcionários do governo e diplomatas conversaram com o jornal americano The Washington Post para esta reportagem, alguns sob condição de anonimato para discutir a delicada situação militar entre Israel e o Líbano.

O Hezbollah, um adversário de longa data dos EUA, com combatentes bem treinados e dezenas de milhares de mísseis e foguetes, quer evitar uma escalada maior, de acordo com autoridades americanas, que dizem que o líder do grupo, Hasan Nasrallah, está tentando evitar uma guerra mais ampla.

Em um discurso na sexta-feira, Nasrallah prometeu uma resposta à agressão israelense, ao mesmo tempo em que deu a entender que poderia estar aberto a negociações sobre a demarcação de fronteiras com Israel.

O Secretário de Estado Antony Blinken deve chegar a Israel na segunda-feira, 8, onde discutirá medidas específicas para “evitar uma escalada”, disse seu porta-voz, Matt Miller, antes de embarcar em um avião para o Oriente Médio.

“Não é do interesse de ninguém – nem de Israel, nem da região, nem do mundo – que esse conflito se espalhe para além de Gaza”, disse Miller. Mas esse ponto de vista não é aceito de maneira uniforme pelo governo de Israel.

Fonte: O Sul

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