As intensas chuvas que atingiram o município de Não-Me-Toque no mês de maio resultaram em danos significativos a residências nas zonas urbana e rural. Em resposta à situação o prefeito, Gilson dos Santos, decretou estado de emergência, abrindo caminho para a mobilização de recursos e assistência às famílias impactadas. O primeiro lote de materiais de reconstrução, incluindo telhas e outros insumos básicos, chegou à Secretaria de Ação Social e começou a ser distribuído esta semana, segundo confirmou Michael Tariga, Diretor de Habitação e membro da Defesa Civil.
Tariga, que acompanhou de perto a distribuição dos materiais, destacou a colaboração entre diversas secretarias do município para agilizar o socorro às famílias. “Estamos trabalhando intensamente para reparar as residências danificadas e restaurar a normalidade na vida das pessoas. Já distribuímos materiais como telhas para as casas mais afetadas e continuamos monitorando a situação”, afirmou Tariga ao Grupo Ceres de Comunicação.
Conselho de Habitação Define Novas Diretrizes
Em paralelo, o Conselho Municipal de Habitação realizou uma reunião crucial para tratar de questões habitacionais emergentes e regularizações pendentes. Um dos principais pontos discutidos foi a resolução de empates na classificação das 110 famílias inscritas no programa de reformas habitacionais de 2023. Para garantir transparência, foi realizado um sorteio público de desempate.
As famílias foram divididas em duas modalidades de apoio, um grupo recebe materiais e mão de obra sob administração direta do município, enquanto outras optaram pela autoconstrução, recebendo apenas os materiais e um prazo para concluir as reformas. Tariga explicou a importância dessa diferenciação: “Nosso objetivo é atender às necessidades específicas de cada família, seja com apoio total ou parcial, facilitando a recuperação de suas residências”.
Outro tema abordado foi a prorrogação do prazo para as famílias formalizarem a compra de imóveis com apoio financeiro do município. Diante das dificuldades burocráticas e do impacto da calamidade, o Conselho aprovou a extensão do prazo em 90 dias, permitindo que as famílias concluam seus processos de aquisição. “Essa medida foi necessária para acomodar os atrasos inevitáveis causados pela situação emergencial”, explicou Tariga.
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