A Escola Sinodal Sete de Setembro completou no último sábado (7), 110 anos de história. A instituição de ensino é a mais antiga de Não-Me-Toque, formada com a presença dos imigrantes alemães que chegaram na região há mais de 100 anos, no norte do estado.
O momento histórico para a escola foi comemorado com apresentação dos alunos da educação infantil e fundamental, celebração religiosa com o pastor Fabio Staggemeier no período da noite no Salão Evangélico.
“Foi um momento especial de celebração onde tivemos várias atividades”, comenta.
Uma das atividades foi a abertura da capsula do tempo de 2014, com cartas escritas pelos alunos que estudavam há dez anos na escola. A capsula estava dentro de uma urna em frente a igreja da Comunidade Evangélica Martin Luther.
“A capsula manteve cartas dos alunos que estudavam na instituição no ano de 2024. Posteriormente montamos a capsula do tempo deste ano, que será aberto daqui a dez anos novamente”, explica.
O evento teve homenagem aos funcionários e professores por estrem há 10 anos realizando trabalho e colaboração aos projetos da escola.
Histórico
No ano de 1903 passa a residir em Não-Me-Toque o Pastor Peter Heirich Peterson pertencente ao Sínodo Missouri. Neste ano foi fundada a comunidade Luterana Alemã e em 1904 foi fundada uma escola paroquial que recebeu o nome “Evangelischem Schule”, Escola Evangélica, este foi então o primeiro nome da Escola Sete de Setembro. As primeiras aulas eram dadas num galpão e depois na capela recém construída., onde o Pastor Brandt também tocava violino e dava aulas de música e canto aos seus alunos.
Em 1914, o Pastor Theophil Diestch iniciou seus trabalhos em Não-Me-Toque, onde foi fundada, juntamente com a colaboração de algumas famílias da época a Sociedade Escolar Sete de Setembro, sendo eleito para presidente o senhor Gottfried Kissmann.
Esta Sociedade Escolar preocupou-se em divulgar o nome da Escola e construir um prédio próprio.
Nessa época as meninas e moças cujos pais residiam longe da Escola passaram a morar na casa do Pastor Theophil Dietsch, que havia se casado há pouco tempo com Lydia Dohms.
Elas passaram a frequentar as aulas que muitas vezes eram à tarde. Depois das aulas iam até a casa do Pastor onde ajudavam sua esposa nas tarefas da cozinha e recebiam aulas de tricô e bordados. Iniciou-se então em 1918, o internato feminino com algumas moças morando junto à residência pastoral. Em 1919, foi ampliada a atividade de internato e a Sociedade Escolar alugou uma casa para o internato feminino.
Assim sob a direção do professor Schloesser, foi possível implantar o internato masculino que no mesmo ano se iniciou a construção do prédio próprio. Este primeiro prédio servia para aulas durante o dia e a noite para abrigar o internato masculino. Com isso a Escola foi crescendo e chegaram sempre mais famílias ao povoado de Não-Me-Toque.