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Governo gaúcho orienta população sobre piora da qualidade do ar e possível “chuva preta” devido a queimadas

por Jéssica Gomes
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O tempo seco, as altas temperaturas e o céu cinzento, em razão da alta incidência de incêndios no Brasil e no exterior, compõem um cenário que compromete a qualidade do ar no País e no RS. Por esse motivo, o governo do Estado divulgou, nesta quarta-feira (11), orientações à população, em uma ação conjunta das secretarias do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Saúde (SES) com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

De acordo com a Sala de Situação, a piora na qualidade do ar ocasionada pelas queimadas é agravada pela atual presença de vento norte na Região Metropolitana, pela massa de ar quente, seco e estável, somadas à ausência de chuvas, dificultando a dispersão dos poluentes.

O cenário deve mudar a partir de quinta-feira (12), com a chegada de uma frente fria, que trará chuvas que irão ajudar a limpar a atmosfera, embora haja a possibilidade de ocorrer a chamada chuva preta, ocasionada pelos poluentes suspensos na atmosfera. A frente fria também trará ventos do sul, que irão empurrar a fumaça para fora do Estado, melhorando a qualidade do ar. Na sexta-feira (13), os ventos do sul devem continuar a melhorar a situação.

Cuidados com a saúde

Até o momento, a equipe de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) não identificou aumento de casos de síndrome gripal não relacionados a vírus respiratórios, que podem ser influenciados por outros fatores, como a fumaça resultante de queimadas. Esses dados, porém, são parciais e sujeitos a alterações, em decorrência do preenchimento das notificações, bem como do hiato entre o início dos sintomas e a busca por atendimento.

As principais recomendações para a população são:

Monitoramento: acompanhe as previsões meteorológicas e a qualidade do ar.

Hidratação: aumente a ingestão de água para manter as vias respiratórias úmidas.

Redução da exposição: evite atividades ao ar livre e mantenha portas e janelas fechadas.
O uso de máscaras deve ser avaliado individualmente, pois auxiliam na redução da exposição às partículas maiores, em especial para pessoas com condições crônicas, como pneumopatas, cardiopatas e pessoas com problemas imunológicos.

Atividades físicas: evite atividades ao ar livre em períodos de elevada concentração de poluentes e mantenha portas e janelas fechadas.

Orientações específicas para grupos vulneráveis: crianças, idosos e gestantes devem estar especialmente atentos a sintomas respiratórios e buscar atendimento médico imediatamente, se necessário.

 

Fonte: O Sul

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