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Frutas têm alta de até 60% em um ano

por Daiane Giesen
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Apesar do El Niño entrar em um período de neutralidade a partir de abril, de acordo com previsões do Instituto Nacional de Meteorologia, as consequências do fenômeno ainda estão impulsionando os preços das frutas no Estado e no país. As cinco frutas mais consumidas no Brasil – banana, laranja, melancia, maçã e mamão – viram seus preços aumentarem em até 60% nas Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) nos últimos doze meses, embora algumas variedades tenham registrado queda.

O maior aumento foi observado na maçã gala, que subiu de R$ 5,55 por quilo em abril de 2023 para R$ 8,89 em abril de 2024, representando um aumento de 60,18%, conforme a cotação da Ceasa/RS em 18 de abril. Por outro lado, a variedade fuji teve uma queda de 5,05% no mesmo período, passando de R$ 5,55 para R$ 5,27 por quilo. O mamão papaya, cultivado no Espírito Santo, agora é vendido por R$ 16,75 por quilo, registrando a segunda maior alta de 52,27%, em comparação com os R$ 11 em abril de 2023. Em contrapartida, a variedade formosa teve a maior diminuição no grupo de cinco frutas, caindo de R$ 9,24 para R$ 6,13 por quilo, uma redução de 33,66%.

Na banana, a fruta mais consumida no país, o aumento atingiu 43,48% na variedade caturra, que passou de R$ 2,76 para R$ 3,96 por quilo desde abril do ano anterior. A banana prata, produzida principalmente em São Paulo e Minas Gerais, acumulou um aumento de 33,9% no índice oficial de inflação do país, o IPCA. Quanto à laranja, a segunda fruta mais consumida, o preço da variedade umbigo subiu 36,38%, passando de R$ 4,48 para R$ 6,11 por quilo. Já a melancia, em terceiro lugar no ranking de consumo, teve o menor aumento, de 7,04%, passando de R$ 2,13 para R$ 2,28 por quilo.

Marques observa que, de modo geral, os produtos da fruticultura sofreram reajustes em todo o país. Ele destaca que a banana prata sofreu devido a quebras de produção em São Paulo e Minas Gerais devido ao calor excessivo, enquanto a caturra, produzida no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, enfrentou problemas devido ao excesso de chuvas e ventos fortes, resultando em abortamentos e doenças como a sigatoka. Ele destaca que as altas são em grande parte devido ao El Niño, que também comprometeu a safra de maçã gala devido à umidade e à ocorrência da doença chamada de mancha da gala, ou glomerella. A safra da fuji, por ser mais precoce, foi menos afetada pelo clima.

Quanto ao morango, houve um aumento de preço de 19,81%, passando de R$ 20,24 para R$ 24,25 por quilo desde abril de 2023. Marques explica que as variações nos preços do morango são mais influenciadas por eventos, embora o fenômeno do El Niño tenha causado alguns impactos no estado.

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