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Plantio da soja é encerrado, e o de milho chega à reta final no Estado

por Daiane Giesen
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Com 100% das áreas implantadas, a cultura da soja apresenta desenvolvimento das lavouras mais precoces considerado satisfatório. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (18/1) pela Emater/RS-Ascar, a estimativa de plantio para a Safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares, e a perspectiva de produtividade é de 3.327 kg/ha.

Ainda conforme o informativo da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), o porte das plantas está classificado como mediano, devido às limitações impostas pelo excesso de umidade no solo e pelos grandes períodos nublados que sucederam ao plantio. Desde que as condições ambientais se mantenham favoráveis nos próximos meses, espera-se uma elevação do porte das plantas e a emissão de novos nós no caule após o início da fase de floração. 80% das áreas de soja já chegaram à fase de germinação e desenvolvimento vegetativo.

A cultura do milho está se encaminhando para a reta final de plantio. Da área prevista, 96% já foi implantada. O plantio foi intensificado, especialmente em regiões onde os produtores concluíram a semeadura de soja ou iniciaram uma nova semeadura do cereal. As condições meteorológicas propícias possibilitaram o avanço na colheita, que atingiu 21% da área cultivada. Para a Safra 2023/2024, projeta-se o cultivo de 817.521 hectares com o cereal. A produtividade prevista inicialmente é de 7.414 kg/ha.

Os rendimentos atuais de colheita são ligeiramente superiores aos inicialmente obtidos, porém ainda demonstram potencial produtivo abaixo do projetado durante o plantio. A principal razão é o excesso de chuvas, que limitou o desenvolvimento vegetativo e impactou a cultura durante a fase crítica da floração, gerando espigas com falhas significativas. Problemas no manejo de cigarrinha e de doenças fúngicas também contribuíram para a quebra de produção em algumas regiões.

O plantio de milho silagem também progrediu, alcançando 84% da área projetada incialmente. A colheita para confecção de silagem de planta inteira avançou para 35% dos cultivos. Para esta safra estão previstos 364.291 hectares de área cultivada. A produtividade estimada é de 39.088 kg/ha.

A implantação das lavouras de feijão na região Noroeste marca o encerramento do cultivo em primeira safra no Estado. Estão projetados o cultivo de 29.053 hectares. Nas demais regiões produtoras, houve continuidade na colheita e preparos para a implantação do segundo cultivo. A estimativa é de produzir 1.775 kg/ha.

A semeadura da cultura do arroz também foi encerrada. O Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga) projeta área de cultivo de 902.425 hectares e a Emater/RS-Ascar estima produtividade de 8.359 kg/ha. Diante do elevado valor do grão no mercado e das condições climáticas favoráveis à ocorrência de doenças, especialmente para cultivares sensíveis, os produtores intensificaram o investimento no uso de fungicidas, que consequentemente se reflete no aumento do número de aplicações em comparação às práticas usuais.

O cultivo de olerícolas tem sofrido danos significativos em algumas regiões do Estado, tanto pelo excesso de chuvas como pelas elevadas temperaturas e alta umidade do ar.

Na fruticultura, o ambiente se apresenta propício para diferentes cultivos, como a banana e a citricultura. As condições climáticas favoreceram o desenvolvimento fisiológico dos bananais no Litoral Norte do Estado. Houve intensa formação de novos cachos, indicando aumento gradual na produtividade. Na citricultura os pomares encontram-se em fase de desenvolvimento de frutos, na região Norte do Estado, em função das melhorias nas condições climáticas recentes, com menor volume de chuvas.

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