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Defensivos: um dos pilares da evolução agrícola

Uso correto de defensivos é fundamental para a vida das culturas agrícolas e para o aumento de produtividade

por Daiane Giesen
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A agricultura, arte milenar de cultivar a terra, vem passando por uma notável transformação nas últimas décadas, impulsionada por muitas mudanças tecnológicas e científicas. Nesse contexto de constante inovação, o desenvolvimento e permanente evolução dos defensivos agrícolas é um dos pilares fundamentais para a produtividade e sustentabilidade do setor. 

– O desenvolvimento de um defensivo agrícola é um trabalho complexo e longo. Além disso, demanda grandes investimentos em estudos diversos – comenta Marcos Queiroz, gerente de Inovações em Inseticidas da Syngenta.

Ele explica que o processo inicia com a pesquisa para identificação de moléculas específicas, seguido pelo desenvolvimento do produto e avaliação dos órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Somente após a conclusão dessas etapas e do registro federal, o produto é então liberado para ser distribuído no mercado para os agricultores.

– A regulamentação brasileira é uma das mais rigorosas em todo o mundo, pensada com foco na segurança do defensivo para a lavoura, meio ambiente, saúde do aplicador e consumidor dos produtos cultivados – ressalta Queiroz.

O processo completo, desde o início do desenvolvimento até o registro do produto, pode levar cerca de 10 anos. “Durante esse período, realizamos inúmeros testes de eficácia, dosagens recomendadas, compatibilidade com outros produtos, além de testes de química ambiental e toxicológicos”, acrescenta Queiroz.

Quanto ao futuro, o gerente comenta que a multinacional deve seguir investindo amplamente em inovações sustentáveis, especialmente em países de agricultura tropical, como o Brasil. “Nessas localidades, onde a atividade agrícola enfrenta desafios significativos, o uso de tecnologias agrícolas é indispensável para promover a segurança alimentar”, argumenta Queiroz.

A importância da proteção 

Para uma correta aplicação dos defensivos, é fundamental que o operador do pulverizador siga todas as recomendações da bula do produto e utilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) 

– O uso do EPI é de suma importância. Tanto no preparo quanto na aplicação, o produtor deve estar utilizando esses equipamentos para evitar qualquer tipo de contaminação –  enfatiza Bruno Kunzler Schneider, engenheiro agrônomo e responsável pelo programa de tecnologia de aplicação da Cotrijal.

Ele ressalta que, independentemente da classe de toxicidade do produto, a proteção é fundamental para evitar danos à saúde. Visando proteger operadores, a Cotrijal distribuiu no ano passado mais de 5 mil EPI’s em sua área de atuação. Neste ano, um complemento de mil EPI’s foi disponibilizado.

Schneider também destaca a importância da educação e treinamento contínuo dos produtores e operadores sobre a correta utilização dos kits de proteção. “É essencial seguir as orientações de colocação e retirada de todos os equipamentos para garantir a máxima eficácia em proteção”, ressalta.

Com relação aos principais itens contidos nos kits de EPIs fornecidos pela cooperativa, Schneider explica: “O kit inclui calça, jaleco, botas, avental, respirador, viseira facial, boné árabe e luvas. No entanto, botas e respiradores são itens pessoais que os produtores devem adquirir individualmente”, salienta.

Schneider comenta ainda que a segurança dos produtores é uma preocupação constante da cooperativa, sendo um tema abordado ao longo de todo o ano em diversas iniciativas educacionais e de conscientização.

 

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