Todos os países da Ameripol, a Comunidade de Polícias da América, se comprometeram a encaminhar propostas de cooperação policial à Secretaria-Geral do organismo, que as formalizará e enviará ao Equador até este sábado (13).
Haverá também o encaminhamento de propostas como intercâmbio de informações de inteligência para o enfrentamento ao crime organizado, disponibilização de equipamentos de inteligência, apoio na identificação dos presos do sistema penitenciário equatoriano e oferecimento de cursos de descapitalização do crime organizado com a doutrina da Polícia Federal (PF).
As definições foram feitas durante reunião virtual da Ameripol nesta sexta-feira (12). Vinte instituições policiais de 16 países da região fizeram parte.
O evento foi convocado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que também é secretário-geral da Ameripol.
Também estiveram presentes representantes do Ministério das Relações Exteriores e da Assessoria Especial da Presidência da República do Brasil.
O vice-presidente da Interpol para as Américas, Valdecy Urquiza, também participou. O delegado também é diretor internacional da PF.
Dentre os temas discutidos, com a participação também do Ministério do Interior do Equador, está a criação de uma adidância da PF naquele país, que seria um escritório da PF no país sul-americano. Equador e Venezuela são os únicos países onde não há adidâncias na América do Sul.
A Polícia Federal brasileira, por não atuar como polícia judiciária no exterior, pode propor ações multilaterais para soluções ao enfrentamento de crimes.
Atualmente, o Equador tem um policial trabalhando no Centro de Cooperação Policial Internacional no Rio de Janeiro.
A rede de polícias do continente existe desde 2007, mas apenas no fim do ano passado passou a ter reconhecimento internacional, com a assinatura de um tratado em Brasília.
O ministro Flávio Dino, da Justiça, assinou com os demais representantes o “Tratado de Brasília” juntamente a outros 12 países do continente: Argentina, Colômbia, Chile, Costa Rica, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, República Dominicana, Suriname, Uruguai e Equador.
A Ameripol trabalha com cooperação policial internacional e é dedicada ao intercâmbio de informações policiais, realização de operações conjuntas e à capacitação de seus membros.
Atualmente sediada em Bogotá, na Colômbia, a instituição conta com a participação de 36 forças policiais de 30 países do continente americano — além de 31 membros observadores, representando organismos internacionais e outras forças policiais de diferentes continentes —, desempenhando papel vital no combate aos crimes transnacionais.