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Vacina está sendo desenvolvida contra Zika para prevenir microcefalia em recém-nascidos

por Vandonei Ceres
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O Instituto Butantan está desenvolvendo uma vacina contra o Zika, vírus que pode causar microcefalia em bebês de mães infectadas na gestação, e para o qual ainda não existe prevenção. A expectativa é que os testes em modelos animais tenham início no segundo semestre de 2024. Os pesquisadores têm se dedicado ao estudo da vacina desde 2015, quando o Brasil enfrentou uma epidemia do vírus.

A microcefalia é uma condição em que a cabeça do bebê é muito menor do que o esperado, exigindo acompanhamento médico para toda a vida. As crianças podem apresentar convulsões, atrasos no desenvolvimento, deficiência intelectual, problemas motores e de equilíbrio, dificuldade de se alimentar, perda auditiva e problemas de visão. Em quadros mais graves, a expectativa de vida pode variar de alguns meses até 10 anos.

Em desenvolvimento pelos laboratórios do Centro de Desenvolvimento e Inovação (CDI) do Instituto Butantan, o imunizante é composto pelo vírus inativado, plataforma ideal e mais segura para aplicação em gestantes.

“Nós temos o protótipo inicial da vacina que poderá ser produzido em condições de Boas Práticas de Fabricação [BPF]. Estamos trabalhando no refinamento da formulação para caminhar para os ensaios pré-clínicos”, explica o diretor do Laboratório Multipropósito, Renato Mancini Astray, um dos responsáveis pelo projeto.

Estudos de prova de conceito feitos em animais, para avaliar a viabilidade do produto, já mostraram que a vacina é capaz de gerar anticorpos neutralizantes contra o Zika. A próxima etapa, prevista para agosto de 2024, é fazer testes pré-clínicos de segurança para verificar a tolerabilidade e possíveis reações adversas.

Apesar de ainda estar em fase inicial, a expectativa em relação à nova candidata a vacina é positiva. Ela utiliza técnicas clássicas de produção, além de um adjuvante tradicional, o hidróxido de alumínio (composto responsável por potencializar a resposta e ajudar a mantê-la a longo prazo). São métodos conhecidos e considerados seguros pela comunidade científica.

Fonte: Instituto Butantan

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