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Ibovespa fecha 2025 com alta de 34,1%, maior valorização desde 2016

Economia

31 de dezembro de 2025

Ibovespa fecha 2025 com alta de 34,1%, maior valorização desde 2016
Foto: B3/Divulgação

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou 2025 com valorização de 34,1%, aos 161.127,44 pontos. O desempenho representa a maior alta anual do índice desde 2016, quando o avanço foi de 38,9%.

Segundo Guilherme Falcão, sócio da One Investimentos, a forte entrada de capital estrangeiro foi um dos principais fatores para o resultado positivo. Em 2025, o fluxo líquido de investimentos externos na Bolsa brasileira somou cerca de R$ 26 bilhões.

De acordo com o analista, o movimento ocorreu em meio ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao ciclo de cortes de juros promovido pelo Federal Reserve. Os dois fatores estimularam a migração de recursos do mercado americano para países emergentes, entre eles o Brasil.

Falcão destaca ainda que, ao longo do ano, houve a criação de novas cotas do ETF EWZ, principal fundo que replica o mercado acionário brasileiro na Bolsa de Nova York. Segundo ele, esse foi o principal instrumento utilizado por investidores norte-americanos para acessar ações brasileiras.

Apesar da valorização expressiva do índice, o sócio da One Investimentos observa que o comportamento dos investidores seguiu cauteloso. Em 2025, ações de utilidades públicas e do setor bancário tiveram destaque, indicando preferência por empresas mais consolidadas e com perfil defensivo, mesmo dentro da renda variável.

No último pregão do ano, realizado na terça-feira (30), o Ibovespa fechou em alta de 0,40%. O dia foi marcado pela divulgação de dados do mercado de trabalho brasileiro e pela ata da última reunião do Federal Reserve.

No cenário interno, a taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro, abaixo da expectativa do mercado, que projetava 5,4%. O resultado representa o menor patamar desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. Ao todo, havia 5,644 milhões de pessoas em busca de emprego no período, o menor contingente já registrado pela pesquisa do IBGE.

A queda do desemprego veio acompanhada de novos recordes de ocupação. O país atingiu 103,2 milhões de pessoas ocupadas, elevando o nível de ocupação para 59,0% da população com 14 anos ou mais, também o maior da série. Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, a manutenção do emprego em patamar elevado ao longo de 2025 reduziu a pressão por busca de trabalho e sustentou a queda da desocupação.

Já os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontaram a criação de 85.864 vagas com carteira assinada em novembro. O número superou as expectativas do mercado, que previa 79.120 novas vagas, e manteve o saldo positivo de empregos formais ao longo dos onze primeiros meses do ano.

O resultado é fruto de 1.979.902 admissões e 1.894.038 desligamentos no mês. Embora seja o desempenho mais fraco para um mês de novembro desde 2020, início da nova série metodológica do Caged, o total de trabalhadores com carteira assinada seguiu em crescimento. Em novembro, 49,09 milhões de brasileiros estavam empregados sob o regime CLT, contra 49 milhões em outubro e 47,5 milhões no mesmo mês de 2024.