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Chuvas favorecem o plantio e o desenvolvimento da soja

Agricultura

19 de dezembro de 2025

Chuvas favorecem o plantio e o desenvolvimento da soja
Quase 90% da área prevista para a cultura no Rio Grande do Sul já está semeada, assim como o plantio do arroz se aproxima do final
Foto : Leandro Mariani Mittmann / Especial / CP

A semeadura da soja foi restabelecida nas lavouras gaúchas, com índices de semeadura próximos à finalização em algumas regiões e predominância de lavouras em desenvolvimento vegetativo. A área plantada alcançou 89% dos 6.742.236 hectares projetados pela Emater/RS-Ascar.

Conforme a instituição, as chuvas ocorridas na primeira quinzena de dezembro recompuseram a umidade do solo e permitiram a retomada generalizada do plantio, além de favorecerem a recuperação fisiológica das lavouras implantadas em outubro e novembro, que vinham apresentando sintomas de estresse hídrico após um período seco de duas a três semanas.

O escalonamento do plantio, decorrente da falta de chuvas, é avaliado como fator de redução de risco produtivo diante da possibilidade de estiagens associadas ao fenômeno La Niña.

Arroz, 95% da área

A semeadura do arroz no Rio Grande do Sul ultrapassou os 95% da área projetada pelo Instituto Riograndense do Arroz (Irga), que é de 920.081 hectares. O retorno das chuvas na primeira quinzena de dezembro foi fundamental para a germinação em áreas recém semeadas, reduzindo a necessidade de banhos iniciais e favorecendo o início e a consolidação da irrigação contínua.

Segundo a Emater/RS-Ascar, apesar de desuniformes, as precipitações também promoveram a recomposição dos mananciais, dos reservatórios e de cursos hídricos, aumentando a disponibilidade hídrica adequada para a condução da safra, cuja produtividade é estimada pela Emater/RS-Ascar em 8.752 kg/ha.

“De modo geral, o estabelecimento das lavouras de arroz é considerado satisfatório, com bom estande e crescimento inicial uniforme. Em áreas com excesso de precipitação ocorreram alagamentos pontuais e danos em taipas, exigindo reparos para a manutenção da lâmina de água”, destaca a instituição.

Déficit hídrico no milho

Já as lavouras de milho apresentam cenário heterogêneo, condicionado pela irregularidade das precipitações. O déficit hídrico afetou lavouras entre o pré-florescimento e o enchimento inicial de grãos, diminuindo o potencial produtivo em áreas conduzidas em regime de sequeiro. As chuvas recentes contribuíram para a recomposição da umidade do solo e para a retomada do crescimento vegetativo em áreas ainda fora do pico reprodutivo.

Porém, nas lavouras mais danificadas, a capacidade de reversão das perdas já estabelecidas está limitada, uma vez que o número de grãos por espiga e a eficiência da polinização já foram definidos. Em áreas irrigadas, os impactos foram atenuados, mas as altas temperaturas afetaram ligeiramente o potencial.

Atualmente estão semeados 90% dos 785.030 hectares projetados com milho pela Emater/RS-Ascar para esta safra, estando 26% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 22% em floração, 44% em enchimento de grãos e 8% do milho está em maturação. A produtividade estimada é de 7.370 kg/ha.

Fonte: Correio do Povo.