Venda de calendários e agendas ajuda a manter os trabalhos da ACAPA

A Associação Carazinhense de Proteção aos Animais (ACAPA) atua há aproximadamente 27 anos na proteção e cuidado de animais abandonados em Carazinho. A entidade, que conta com o trabalho de voluntários, acolhe cães vítimas de maus-tratos, abandono, atropelamentos e negligência.

Voluntária há cerca de 20 anos, Charlize Vargas presidente da entidade explica que o trabalho vai além do tratamento veterinário. “Além de curar as feridas físicas, a gente também tenta curar as feridas da alma, fazendo com que eles voltem a confiar nas pessoas, recebam carinho, atenção, sejam medicados, tratados e socializados”, destaca.

Após o processo de recuperação, os animais passam por castração e chipagem e são encaminhados para adoção responsável. No entanto, a baixa procura por adoções tem causado superlotação. Atualmente, a ACAPA abriga em torno de 380 cães, muitos deles idosos. Segundo a voluntária, o espaço deveria funcionar como casa de passagem, mas muitos animais acabam permanecendo por longos períodos.

A manutenção da entidade ocorre por meio de parceria com a Prefeitura, que contribui com cerca de 60% dos custos mensais. O restante dos recursos é arrecadado através de eventos e campanhas solidárias, como a venda de calendários, agendas, cadernetas, pizzas e a campanha “Aumigo Secreto”, que incentiva doações de ração, vermífugos e antipulgas.

Charlize reforça ainda que o abandono de animais é crime. “Hoje, com as câmeras de monitoramento espalhadas pela cidade, muitas pessoas estão sendo identificadas, multadas e até presas por abandono”, afirma.

Quem deseja ajudar a ACAPA pode adquirir produtos solidários ou fazer doações em pontos parceiros da cidade, como Bike Show, K10 Suplementos, Pet Shop Reino Animal, Clínica Help Vet, Clínica Cães e Gatos, Agropecuária Variane e Agropecuária Esquina Animal. Também é possível entrar em contato pelas redes sociais da entidade, no Instagram e Facebook: @acapacarazinho.

A ACAPA segue contando com o apoio da comunidade para manter o trabalho realizado diariamente em defesa e cuidado dos animais.

Entrevista com Charlise Vargas.