RS amplia receita de exportações de ovos
26 de outubro de 2025
O Rio Grande do Sul foi em 2024 o maior exportador de ovos entre os estados, mas neste ano enfrentou problemas para as negociações visto os embargos de diversos países em razão do caso de influenza numa granja comercial em Montenegro em maio.
No entanto, o Estado tem conseguido retomar os negócios externos. Em setembro embarcou o triplo a mais que o mesmo mês do ano passado, e no acumulado janeiro a setembro teve queda de apenas 9,3% em volume sobre o mesmo período de 2024. Porém, em receita o aumento foi 37,5%, com faturamento de US$ 16 milhões, visto o aumento do valor da tonelada.
A principal razão para o aumento das vendas externas de ovos pela avicultura gaúcha foi a volta, em agosto, dos negócios com o mercado chileno, um dos que tinha suspendido os negócios com o Rio Grande do Sul.
“A gente vem gradativamente retomando os volumes expressivos e isso é também pela retirada das barreiras dos embargos relacionados ao caso de influenza aviária que tivemos no Rio Grande do Sul”, avalia o presidente-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos.
Conforme ele, o Estado vinha de “uma oscilação” em consequência das suspensões, mas agora a recuperação tem ocorrido em função do Chile, “um potencial e fiel consumidor dos ovos produzidos no Rio Grande do Sul”, define.
A proximidade geográfica favorece os envios àquele país. “Para nós, por uma questão de logística e custo também, é mais apropriado e vantajoso exportar pro Chile neste momento do que para os Estados Unidos, principalmente por causa do ‘tarifaço’”, explica Santos.
“Aqui pelo Sul do Brasil a gente consegue enviar grandes volumes para o Chile pelo transporte rodoviário”. Mesmo assim, esclarece o dirigente, o Estado mantém outros mercados, como na Ásia, além de África do Sul e México. “A tendência é que a gente continue buscando mais espaço nos principais mercados que consomem ovos”, afirma.
Principal exportador
No ano passado o Rio Grande do Sul exportou 6.500 toneladas, ou 35,28% dos embarques brasileiros, à frente de Minas Gerais, com 21,41%, e São Paulo, 17,44%. Já de janeiro a setembro deste ano, em razão de restrições, a queda no volume foi de 4.691 toneladas no ano passado 4.253 toneladas (-9,3%), mas com o incremento na receita de US$ 11,705 milhões para US$ 16,090 milhões em 2025 (+37,5%).
E o Chile também foi o principal destino para o mercado brasileiro como um todo em 2024, com fatia de 37,30% dos embarques (ou 6.887 toneladas), com Emirados Árabes Unidos em segundo, 12,75% (2.354 t), e em terceiro os Estados Unidos, com 11,45% (2.115 t).
Em 2025, de janeiro a setembro, as exportações brasileiras somaram 34.378 toneladas, número 174,1% maior que o registrado nos nove primeiros meses de 2024, em 12.542 mil toneladas. Já em receita, o acumulado do ano chegou a US$ 80,8 milhões, alta de 201,7% sobre os US$ 26,7 milhões.
Fonte: Correio do povo