Roubo no Louvre: veja as joias que foram levadas pelos criminosos
21 de outubro de 2025

O Ministério da Cultura da França publicou a lista de itens roubados de dentro da Galerie d’Apollon, que fica no interior do Museu do Louvre, na manhã deste domingo (19).
Ao todo, foram levadas nove peças, sendo que uma já foi encontrada.
A coroa da imperatriz Eugénie, esposa de Napoleão III, foi encontrada do lado de fora do museu. A peça de ouro ornamentada, com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas, foi danificada no roubo. Os ladrões aparentemente deixaram cair a peça durante a fuga.
Segundo a agência de notícias Reuters, as joias que continuam desaparecidas são:
Diadema de safira, colar e brinco único usados por várias rainhas
O conjunto de joias de diamantes e safiras roubado foi usado por alguns integrantes da realeza, como: rainha da Holanda, Hortense de Beauharnais, rainha consorte da França, Marie-Amélie e duquesa de Guise, Isabelle d’Orléans.
O diadema — um adorno de cabeça com joias usado pela realeza — apresenta 24 safiras do Ceilão e 1.083 diamantes que podem ser destacados e usados como broches, segundo o Louvre.
A origem do conjunto é desconhecida, embora alguns sugiram que tenha pertencido à rainha Maria Antonieta.
Embora as joias não apresentem marcas registradas dos joalheiros franceses mais famosos da época, elas são indicativas do artesanato dos artesãos parisienses do início do século XIX, afirmou o museu.
O conjunto permaneceu com a família Orléans até 1985, quando foi adquirido pelo Louvre.



Colar e brincos de esmeralda presenteados por Napoleão a Maria Luísa
Este conjunto ornamentado foi presente de casamento de Napoleão à sua segunda esposa, Maria Luísa da Áustria, em março de 1810.
As peças foram criadas pelo joalheiro François-Régnault Nitot e inclui 32 esmeraldas com lapidação complexa e 1.138 diamantes.
Após o colapso do império de Napoleão, Maria Luísa legou o conjunto original, que também incluía uma tiara, a um parente, que o passou de geração em geração.
Em 1953, o conjunto foi vendido à joalheria Van Cleef & Arpels, e as esmeraldas da tiara foram posteriormente vendidas e substituídas por pedras de turquesa por um colecionador americano. A tiara alterada agora faz parte da coleção Smithsonian.
O colar e os brincos, no entanto, foram preservados em sua forma original e vendidos ao Louvre em 2004 por um valor estimado de 3,7 milhões de euros (aproximadamente R$ 23,1 milhões).


Broche relicário
A imperatriz Eugénie, esposa de Napoleão III, foi a proprietária original deste broche incrustado de diamante.
A peça foi criada por Paul-Alfred Bapst em 1855 especialmente para ela, segundo o site do Louvre.
Condessa espanhola, Eugénie foi imperatriz da França de 1853 a 1870 e considerada uma das mulheres mais elegantes da época.
Um broche relicário é um broche que contém uma relíquia sagrada, neste caso, um símbolo da fé católica de Eugénie.
Composto por 94 diamantes, a peça inclui os diamantes Mazarin 17 e 18, que foram dados ao rei Luís XIV pelo ex-primeiro-ministro Cardeal Mazarin em 1661, segundo o museu.
Essas grandes pedras se espelham no centro do broche. Belas gravuras de folhagens e folhas decoram o verso do broche dourado, adquirido pelo Louvre em 1887.

Broche de diamantes e diadema da imperatriz Eugénie
O broche de prata, ouro e diamantes originalmente formava a fivela de um cinto com 4.000 pedras exibido na Exposição Universal de 1855, antes de ser usado pela imperatriz Eugénie, segundo o site do Louvre.
Dizem que Eugénie usou o cinto, confeccionado por François Kramer, durante uma visita da Rainha Vitória ao Palácio de Versalhes em agosto de 1855, e novamente em junho de 1856, para o batismo do Príncipe Imperial.
Mais tarde, a imperatriz decidiu transformar o cinto em um broche e contratou um de seus joalheiros para transformá-lo em uma peça independente mais elaborada, adicionando borlas de diamantes em cascata.
Em 1887, a peça foi comprada pelo joalheiro Emile Schlesinger para a socialite nova-iorquina Caroline Astor em um leilão por 42.200 francos franceses, segundo a casa de leilões Christie’s.
O broche permaneceu na família Astor por mais de um século, até que o Louvre o comprou em 2008, devolvendo-o à França.
Segundo a Fundação Napoleão, o museu pagou 6,72 milhões de euros (mais de US $10 milhões na época) pelo broche.

O diadema de pérolas foi feito para Eugénie pelo joalheiro Alexandre-Gabriel Lemonnier em 1853 e contém 212 pérolas e 1.998 diamantes, segundo o Louvre.

Coroa da imperatriz Eugénie
Ladrões tentaram roubar a coroa da imperatriz Eugénie, mas a peça foi encontrada do lado de fora do Louvre, segundo o Ministério da Cultura da França.
A peça de ouro ornamentada, com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas, foi danificada no roubo, segundo a emissora de TV francesa TF1 e o jornal Le Parisien.

Os criminosos não tinham como alvo nem roubaram o mundialmente famoso diamante Régent, que está abrigado na mesma galeria que os ladrões invadiram, disse Beccuau na BFM TV, afiliada da CNN. A Sotheby’s estima que o Régent vale mais de US$ 60 milhões.
A ministra da Cultura, Rachida Dati, disse à emissora de TV francesa TF1 que o tempo do roubo foi menor do que os sete minutos antecipados pelo ministro do Interior, Laurent Nuñez.
“Chegamos imediatamente, alguns minutos após recebermos a informação do roubo. Para ser sincera, a operação durou quase quatro minutos. Foi muito rápida! Temos que admitir que são profissionais. O crime organizado hoje tem como alvo objetos de arte e os museus, claro, tornaram-se alvos, porque a França, como vocês sabem, é um país de patrimônio, um país com objetos históricos de grande valor”, detalhou.
Fonte: CNN