RS realiza 1,2 mil transplantes de órgãos em 2025 e Saúde comemora aumento nos procedimentos
23 de setembro de 2025

O Estado realizou 1.281 transplantes de órgãos em 2025, até o último dia 18 de setembro, contabilizando 393 de rim, 92 de fígado, 16 de coração, 29 de pulmão e 751 de córnea. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, segundo dia do 1º Simpósio de Doações de Órgãos e Transplantes do Rio Grande do Sul, realizado no auditório do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), em Porto Alegre, e celebrados pela Central Estadual de Transplantes (CET), da Secretaria Estadual da Saúde (SES), autora do levantamento.
“Nossos números do transplante estão aumentando, e isto está sendo muito importante. Após a pandemia, os números caíram enormemente, mas conseguimos crescer novamente, voltando aos melhores momentos da CET. Digamos que tivemos um crescimento em torno de 25% a 30% na comparação com anos anteriores”, disse o coordenador-adjunto da Central, James Cassiano, que apresentou os dados.
Os aumentos foram impulsionados pelos procedimentos envolvendo pulmão, rim, fígado e rim pediátrico, segundo ele, além da córnea, órgão o qual o RS tem batido as metas de superar cem transplantes mensais. “Temos como obrigatoriedade trabalhar com a formação contínua de profissionais que atuam na área de transplantes, seja na execução do processo de cirurgia e também na capacitação daqueles que realizam o acolhimento familiar. E também nas campanhas de conscientização com a sociedade”, salientou.
Mas a lista de espera ainda é alta, embora esteja reduzindo. Dados atualizados no último dia 18 apontavam um total de 2.914 pessoas aguardando órgãos, sendo 1.486 por rim, 173 para fígado, 15 para coração, 85 para pulmão e 1.155 para córnea no Rio Grande do Sul. O evento em Porto Alegre, que prossegue durante o dia de hoje e termina na quarta-feira, com uma série de palestras previstas, é parte da ação “O Amor Vive”, da SES.
Ele mesmo transplantado de coração há cinco anos, Cassiano relatou que ressignificou sua própria existência depois de ter passado pelo procedimento. “A espera não foi fácil, mas foi um ‘sim’ que hoje está fazendo a diferença na minha vida, e isso mudou minha história. Poder retornar para a sociedade através do meu trabalho é mesmo muito importante”, encerrou.
Fonte: Correio do Povo