Dermatologista aponta cuidados para prevenção do câncer de pele
05 de setembro de 2025

A médica dermatologista Gabriela Menegol Bassani, que atende no Hospital Alto Jacuí, fez um alerta importante sobre o câncer de pele, doença que é a mais incidente no país. Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), são cerca de 170 mil novos casos por ano de câncer de pele não melanoma.
Ela explica que a população do Sul do Brasil tem risco aumentado, por apresentar pele mais clara e maior exposição ao sol, além de pessoas que trabalham ao ar livre. “Pacientes transplantados, que usam medicamentos imunossupressores, pessoas com muitas pintas, histórico de câncer de pele ou de melanoma na família também precisam redobrar a atenção”, destacou.
Autoexame ABCDE: como identificar lesões suspeitas
A dermatologista reforça que qualquer mancha que cresça, mude de cor, sangre ou apresente alterações deve ser avaliada por um médico. Ela lembra do autoexame ABCDE, usado para identificar lesões suspeitas:
- A – Assimetria: Divida a pinta ao meio. Se os dois lados forem diferentes, pode ser um sinal de alerta. Pintas benignas costumam ser simétricas.
- B – Bordas: Bordas irregulares, mal definidas ou com aspecto “borrado” podem ser sinais de atenção.
- C – Cor: Fique atento a pintas com múltiplas cores ou tonalidades (como preto, marrom, vermelho, branco ou azul). Pintas uniformes são geralmente menos preocupantes.
- D – Diâmetro: Lesões maiores que 6mm (aproximadamente o tamanho de uma borracha de lápis) podem ser um indicativo de risco.
- E – Evolução: Observe se há mudanças no tamanho, forma, cor ou sintomas, como coceira ou sangramento. Alterações ao longo do tempo merecem atenção.
“Se a lesão tiver alguma dessas características, é fundamental procurar um dermatologista com experiência em câncer de pele para verificar se há necessidade de biópsia”, orientou.
Três tipos principais de câncer de pele
Dr. Gabriela também explicou que existem três tipos principais da doença:
- Carcinoma basocelular – é o mais comum, representando de 70% a 80% dos casos.
- Carcinoma espinocelular – corresponde a cerca de 20% a 30% dos casos.
- Melanoma – é o mais agressivo, mas representa apenas cerca de 5% dos diagnósticos.
Ela relata que, muitas vezes, os pacientes procuram atendimento por uma queixa simples, como micose, e durante o exame clínico completo é possível identificar lesões suspeitas em outras partes do corpo, incluindo o couro cabeludo.
“É importante examinar o corpo todo. Muitas lesões passam despercebidas pelo próprio paciente, e a detecção precoce é essencial para o tratamento”, reforça a dermatologista.
