Michelle Bolsonaro afirma que julgamento no STF é “teatro marcado por ilegalidades”

Ilegalidade. Essa foi a palavra escolhida por Michelle Bolsonaro para definir o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal. A ex-primeira-dama disse ao portal CNN Brasil, nesta quarta-feira (3), que o processo está “marcado por ilegalidades e quebras do devido processo legal”. Segundo Michelle, o julgamento representa apenas “mais um capítulo da ficção”.

A declaração foi feita após o segundo dia de julgamento. Michelle respondeu por escrito a três perguntas do portal sobre o julgamento, a saúde de Bolsonaro e seu próprio futuro político. Ela mostrou pessimismo sobre o desfecho do caso e criticou a omissão de autoridades diante das supostas ilegalidades.

Michelle afirmou que Bolsonaro não deve comparecer às próximas sessões por questões de saúde, embora não tenha descartado totalmente a possibilidade. O julgamento será retomado na próxima terça-feira (9), com o voto do relator Alexandre de Moraes. Os demais ministros da Primeira Turma devem votar nos dias 10 e 12.

“Ele não deve comparecer ao teatro que está ocorrendo no STF justamente por causa de seu estado de saúde, mas não há nada definitivo sobre isso”, afirmou a ex-primeira-dama.

Julgamento no STF é “tortura psicológica” segundo Michelle Bolsonaro

A ex-primeira-dama disse que as consequências do atentado de 2018, somadas a cirurgias e ao “estado de tensão” provocado pelas medidas judiciais, agravaram o quadro clínico do ex-presidente. “A saúde do meu marido continua inspirando cuidados”, afirmou. Segundo ela, o julgamento reforça a “tortura psicológica” contra a família.

Michelle disse que não pensa em eleições no momento, mas seguirá trabalhando pelo fortalecimento do PL Mulher e pela participação feminina na política.

“Quanto à minha atividade profissional ligada à política, o meu papel é, e continuará sendo, trabalhar para ampliar a participação das mulheres de bem na política. O meu futuro está totalmente entregue à Vontade de Deus”, concluiu.

Fonte: Gazeta do Povo