Não-Me-Toque recebe certificado “Município Amigo da Vacina – Selo Bronze”

A Administração Municipal de Não-Me-Toque, por meio da Secretaria de Saúde, recebeu o certificado Município Amigo da Vacina – Selo Bronze, concedido pela Secretaria Estadual de Saúde em parceria com o Ministério Público. A iniciativa tem como objetivo incentivar a vacinação e valorizar as estratégias de imunização desenvolvidas pelas administrações municipais.

A solenidade de entrega ocorreu no auditório do Ministério Público e contou com a presença da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann; da subprocuradora-geral de Justiça, Isabel Barrios, representando o procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz; e da promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação, Infância e Juventude, Cristiane Corrales.

Não-Me-Toque esteve representado pela secretária municipal de Saúde, Liliane Erpen, acompanhada pela equipe da Sala de Vacinas: Renata Pietro Kraemer, Cíntia de Oliveira Schu e Márcia de Walle.

Critérios da certificação

A avaliação dos municípios leva em conta os índices de vacinação de 2024, em três categorias:

• Baby – cobertura vacinal igual ou superior a 95% na terceira dose da pentavalente em bebês menores de 1 ano;
• Dente de Leite – cobertura vacinal igual ou superior a 95% na primeira dose da tríplice viral em crianças de 1 ano;
• Teens – cobertura vacinal igual ou superior a 90% na aplicação da vacina contra o HPV em adolescentes e pré-adolescentes de 9 a 14 anos (uma dose).

Não-Me-Toque conquistou o Selo Bronze por ter atingido a meta de cobertura na categoria Dente de Leite, com destaque para a vacina tríplice viral aplicada em crianças de 1 ano.

Avanços e desafios

De acordo com a enfermeira Renata Pietro Kraemer, coordenadora da Vigilância Epidemiológica e Imunizações, a conquista é fruto do esforço das equipes de saúde, que realizaram ações como a checagem de cadernetas nas escolas. “Esse certificado confirma o trabalho que vem sendo realizado. Depois da pandemia, houve queda na cobertura vacinal em todo o Brasil, e é preciso reforçar sempre que a vacina é segura, protege e salva vidas”, destacou.

A enfermeira observa, no entanto, que ainda há desafios para alcançar níveis mais altos de reconhecimento, como os Selos Prata e Ouro. Um dos principais obstáculos é a hesitação vacinal, quando os pais adiam ou deixam de levar os filhos para a imunização.

“Muitas vezes não é descrença, mas um ‘vou deixar para depois’. Já encontramos crianças de 2 anos cuja última dose foi aos 4 meses de idade. Nessas situações, acionamos o Conselho Tutelar, pois a vacinação é um direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”, explicou.

Mobilização contra o HPV

Entre as vacinas com baixa adesão está a do HPV, que previne infecções e tipos de câncer, como o de colo do útero. Para aumentar os índices, a Secretaria de Saúde estabeleceu uma parceria com o grupo Amigos da Vida, que promove palestras em escolas do município.

Na próxima semana, equipes estarão vacinando crianças de 9 e 10 anos nas escolas, mediante autorização dos pais. “As crianças estão levando termos de consentimento para casa. Na quinta e sexta-feira, nossas equipes aplicarão a vacina contra o HPV, que é fundamental para a saúde dos adolescentes”, completou Renata.