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Animais domésticos terão fundo estadual de bem-estar do governo do RS

Estado

05 de agosto de 2025

Animais domésticos terão fundo estadual de bem-estar do governo do RS
Anúncio do governo estadual para o bem-estar dos animais domésticos
Foto: Pedro Piegas

O Governo do Estado anunciou a criação de um fundo estadual de bem-estar de animais domésticos para o financiamento de ações voltadas à à saúde e proteção de animais de estimação que estão presentes no Código Estadual do Meio Ambiente. O anúncio foi feito no Palácio Piratini, nesta sexta-feira, pelo governador em exercício, Gabriel Souza, que afirmou ser o primeiro fundo exclusivo do Brasil para atender animais domésticos. A proposta deve ser enviada e votada na Assembleia Legislativa.

Haverá um conselho gestor, nomeado em breve pelo governador Eduardo Leite, com membros da sociedade para uso dos recursos, sugestões e transparência. O fundo será aplicado para cães e gatos, com financiamento de programas de esterilização, com convênios de clínicas e hospitais veterinários e apoio a abrigos e instituições que cuidam de animais abandonados ou em situação de risco. Também para equinos, com programas de apoio à redução gradativa para uso de veículos de tração animal, por exemplo. O recurso será utilizado também para a promoção de campanhas de conscientização sobre proteção animal.

Com o objetivo de facilitar burocracias, nas palavras de Souza, agora, além de receberem recursos do estado apenas pela Nota Fiscal Gaúcha, as entidades poderão receber por meio de editais para ações como castração, resgates e compras de insumos. As fontes de receita serão por meio de dotações orçamentárias do Tesouro do Estado após a aprovação da lei, para que o próprio recurso estadual seja repassado para municípios e entidades. Haverá maior condição de repasse da união, de outros estados e de outros municípios, além de recursos internacionais e de outras fontes públicas.

Recursos do Judiciário também poderão ter fundo de reaparelhamento de bens lesados. O fundo também poderá receber doações de pessoas físicas e jurídicas. Multas ambientais poderão também ser utilizadas como fonte de receita do fundo estadual. Passar recursos para portes – para os fundos municipais destinados à prefeitura, gestores da causa e vereadores. Também, condições para financiar mais programas dentro da Sema.

“Não é uma política deste governo. É uma política de Estado, o fundo será perene, vai transpassar governos, independente dos próximos governos ainda haverá o fundo e cabe à sociedade solicitar a fonte orçamentária a fim de financiar as políticas públicas”, diz Souza.

A secretária de Meio Ambiente, Marjorie Kauffman, lembrou que, no meio da enchente, foi feito um entendimento da necessidade da causa animal e foram criadas políticas importantes para desastres, entre contratações, parcerias e convênios para o momento emergencial, mas salientou a necessidade da estruturação permanente dessa pauta dentro do governo do Estado. Ela destacou o volume de recursos que passa pela secretaria para o fim do bem-estar animal, sendo distribuído para os municípios ou para as entidades.

“Nada mais justo do que nós termos um destino e um local para poder criar editais, programas e, inclusive, conexões diretas com aqueles que atuam nessa pauta. Hoje, a criação desse fundo é mais uma parte daquilo que a gente imagina que seja fundamental para a inclusão permanente dessa pauta nas políticas públicas do do Rio Grande do Sul”, afirmou.

Henrique Noronha, representando o Conselho de Medicina Veterinária, afirmou que o protecionismo e o bem-estar animal precisam estar aliados “O bem-estar enquanto ciência entende a fundo todas as reais necessidades dos animais, sejam elas físicas, psíquicas e fisiológicas”, disse.

Fonte: Correio do Povo