Começa oficialmente o inverno
20 de junho de 2025

O inverno está de volta. Em todo o Hemisfério Sul do planeta, a estação mais fria do ano começa oficialmente às 23h42min desta sexta-feira (20) e prossegue até 22 de setembro. As projeções meteorológicas apontam um período marcado por padrões de chuva e temperatura mais dentro da normalidade que os observados nos últimos anos.
Época de menor intensidade de radiação solar ao longo do ano, o inverno é caracterizado não apenas por temperaturas mais baixas: os dias também são mais curtos e as noites mais longas.
No Brasil, a chuva tende a se concentrar principalmente na faixa litorânea das regiões Nordeste e Sudeste, com frentes frias oceânicas e um pouco mais intensas. A tendência é que a estação não fuja muito desse padrão em 2025.
O serviço Climatempo prevê um período marcado por temperaturas próximas ao normal e volumes de chuva muito próximos da média, concentrando-se em áreas litorâneas. A situação deve ser muito diferente do observado em 2023 e no ano passado, quando o inverno foi de temperaturas acima e chuvas abaixo da média.
Conforme os meteorologistas, um ponto importante que influencia a expectativa de um inverno mais normal é a manutenção das condições de neutralidade no Oceano Pacífico. “A tendência para os próximos meses é que a neutralidade se mantenha no Pacífico, com um viés mais frio. Não está prevista a configuração nem do El Niño, nem do La Niña”, prevê a Climatempo.
Por outro lado, o aquecimento do Atlântico Tropical deve fazer com que a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) se desloque mais rapidamente para o norte, provocando um fim precoce do período chuvoso na faixa norte do Norte e do Nordeste.
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um encontro de ventos na região do Equador. É um dos principais sistemas meteorológicos causadores de chuva em parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Além da expectativa de chuvas e temperaturas mais dentro da média, os meteorologistas também detalham como o tempo deve ficar em cada mês do inverno.
Em julho, as temperaturas devem ficar acima da média (o que não significa que será um mês de calor). A previsão é de muita variabilidade de temperatura e dias de grande amplitude térmica. Regiões do interior do País, especialmente Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Piauí, devem ter condições de calor.
No Sul e no Sudeste, o mês deve ser de quedas de temperaturas mais acentuadas se alternando com dias de máximas acima da média. Não há previsão de períodos muito duradouros de frio intenso. A chuva deve se concentrar nas áreas litorâneas, por conta das frentes frias oceânicas. Centro-Sul deve ter chuvas abaixo da média no mês. No Norte, as chuvas começam a reduzir de maneira expressiva e ficam mais escassas.
Já o mês de agosto deve ter frentes frias mais intensas, com chuvas levemente acima da média no Centro-Sul.
De maneira geral, a chuva deve ficar entre a média e abaixo da média. Destaque para a parte norte da região Norte, que tem previsão de um mês especialmente seco. Regiões mais do interior do País devem ter temperaturas acima da média, com possibilidade, até, da configuração de alguma onda de calor.
Temperaturas abaixo da média no Sul e Sudeste
Enquanto em setembro, o último mês do inverno, deve ser de temperaturas um pouco acima da média em toda a região Centro-Oeste e também no Norte do País. Em boa parte do Centro-Oeste e do Sudeste, as chuvas devem ficar entre a média e um pouco acima da média. No Sul, a tendência é índices abaixo da média.
O fluxo de chuva deve aumentar no sul amazônico, com índices até acima da média. No restante do Norte, as condições devem ser mais secas do que a média, com o retorno da chuva de forma bem irregular.
Fonte: O Sul