Israel x Irã: Entenda a linha do tempo da troca de ataques
16 de junho de 2025

A troca de ataques entre Israel e Irã, que começou na última sexta-feira (13) de madrugada, quando o governo israelense lançou uma ofensiva direcionada ao centro do programa nuclear do país e aos altos líderes militares do país, já dura quatro dias.
Teerã iniciou a retaliação logo em seguida, aumentando novamente os temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio.
Ao todo, somando os dois países, 248 pessoas morreram desde o início da troca de ataques. Pelo menos 224 no Irã e 24 em Israel, com quase 1.300 feridos só no Irã.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) alegam que a ação é uma forma de impedir o desenvolvimento do programa nuclear do país, tido por eles como uma ameaça à existência israelense.
Israel está atrás de três alvos principais: instalações nucleares iranianas, ativos militares e figuras-chave do exército do país.
Veja linha do tempo do conflito entre Israel e Irã
Sexta-feira (13) — Primeiro dia
Na madrugada de sexta-feira (13) Israel utilizou 200 caças em seu ataque, lançando mais de 330 “munições diversas” e atingindo mais de 100 alvos em todo o Irã, informou as IDF.
A ofensiva teve como alvo os principais líderes militares iranianos e os cientistas nucleares de alto escalão.
A maior instalação de enriquecimento de urânio do Irã, a instalação nuclear de Natanz, foi atingida — mas não houve nenhum aumento nos níveis de radiação detectado, afirmou o órgão de vigilância nuclear da ONU (AIEA na sigla em inglês).
Teerã respondeu disparando mais de 100 drones em direção ao território israelense, segundo as IDF.
Ainda na sexta-feira, Israel declarou estado de emergência, fechando escolas, proibindo aglomerações e desaconselhando trabalhos não essenciais, a situação foi estendida até o final de junho.
Já no primeiro dia o espaço aéreo dos dois países, e também da Jordânia, foi fechado.
Sábado (14) — Segundo dia
Na madrugada do sábado (14) Israel lançou uma nova onda de ataques aéreos contra 150 alvos em todo o Irã.
Nesse meio tempo, os Estados Unidos confirmaram ter utilizado seu poderio militar para bloquear parte dos ataques com mísseis e drones lançados por Teerã contra o território israelense.
Em resposta, o governo iraniano ameaçou atingir interesses dos Estados Unidos, Reino Unido e França na região caso os países impeçam retaliações.
A noite, os iranianos dispararam uma “chuva de mísseis” contra o território israelense que atingiu alvos militares em diversos locais, incluindo Jerusalém e Tel Aviv. A ofensiva também atingiu prédios habitados por civis.
Domingo (15)-Terceiro dia
Já na madrugada de domingo (15), ainda noite de sábado no Brasil, Israel afirmou ter atingido a sede do Ministério da Defesa iraniano, na capital Teerã.
Os Houthis, do Iêmen, aliados dos iranianos, afirmaram que atacaram Jaffa, no centro de Israel, com vários mísseis balísticos nas últimas 24 horas, em coordenação com o Irã
Em reposta, Israel lançou uma nova ofensiva em Teerã, atingindo o centro da cidade e alvos militares.
Ainda no domingo, fontes do governo americano, afirmaram que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vetou um plano israelense para matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
Após o ataque mais recente de Israel, Teerã confirmou a morte do chefe e do vice de inteligência da Guarda Revolucionária do país.
Segunda-feira (16)-Quarto dia
Nesta segunda-feira (16) Israel afirmou ter conseguido destruir um terço dos lançadores de mísseis iranianos, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o país controla o espaço-aéreo do Irã.
No início da noite desta segunda-feira (horário local), ainda tarde no Brasil, as Forças de Defesa de Israel identificou novos mísseis no norte de seu território, vindos do Irã e orientou a população a se abrigar.
Pouco depois, o Exército afirmou ser seguro sair dos locais protegidos.
Fonte: CNN