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Governo do Estado publica caderno com dados do Censo sobre educação no Rio Grande do Sul

Educação, Estado

11 de junho de 2025

Governo do Estado publica caderno com dados do Censo sobre educação no Rio Grande do Sul
Material é o terceiro da série e reúne indicadores de alfabetização, escolaridade e frequência escolar
Foto: EBC

O governo estadual divulgou, nessa terça-feira (10), o terceiro volume da série Cadernos RS no Censo 2022. Elaborado pelo DEE (Departamento de Economia e Estatística), vinculado à SPGG (Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão), a nova edição apresenta os principais dados sobre educação no Rio Grande do Sul, com base nas estatísticas já divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A publicação reúne indicadores sobre alfabetização, frequência escolar, nível de instrução e média de anos de estudo, com análises por faixa etária, sexo, raça/cor, Coredes (Conselhos Regionais de Desenvolvimento) e municípios.

O material tem caráter ilustrativo e acessível, com gráficos e mapas, e integra a série de cadernos que busca traduzir os dados do Censo de forma clara para gestores públicos, pesquisadores e a sociedade em geral. O caderno foi elaborado pela equipe técnica da Divisão de Análise de Políticas Sociais do DEE, sob coordenação de Mariana Lisboa Pessoa, em conjunto com Ricardo César de Oliveira.

Alfabetização e frequência escolar

De acordo com os dados de 2022, pouco mais de 3% da população gaúcha com 15 anos ou mais não era alfabetizada. Entre os municípios com maior percentual de analfabetismo estavam Lagoão, com 16,4%, Tunas, com 15,0% e Gramado dos Loureiros, com 13,3%. Já os menores índices foram observados em Westfália, com 1,1% e Bom Princípio, com 1,3%.

As taxas de frequência escolar mostraram que a cobertura de creches para crianças de 0 a 3 anos foi de 39,4%. Em contrapartida, a frequência era superior a 98% para a faixa de 6 a 14 anos, indicando a universalização do ensino fundamental. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, 85,9% estavam na escola.

Desigualdade no acesso e nível de instrução

A análise da escolaridade da população com 25 anos ou mais revela profundas desigualdades por raça/cor. Enquanto 35% da população total tinha baixa escolaridade, sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, esse percentual chegava a 53,2% entre os indígenas e 43% entre os pardos.

O acesso ao ensino superior completo também apresentava disparidades, já que 21,1% dos brancos e 36,1% dos amarelos concluíram esse nível, frente a apenas 9,9% dos pretos, 9,7% dos pardos e 7,7% dos indígenas. Mulheres apresentaram níveis de escolarização superiores aos homens em todos os recortes raciais, com exceção do grupo dos indígenas.

Média de anos de estudo

A média de anos de estudo no grupo de 18 a 24 anos foi de 11,5 anos no Estado, com destaque para os municípios de Rondinha e Guabiju, que atingiram 13 anos. Em contraste, Caseiros, com 6,5 anos, e Forquetinha, com 8,0 anos, apresentaram os menores índices.

Para a população com 25 anos ou mais, a média estadual foi de 10 anos, com variações significativas entre os Coredes. Os maiores valores foram registrados em Porto Alegre, com 11,8 anos, Santa Maria com 11,3 anos e Canoas, com 10,9 anos. Os menores foram observados em Forquetinha, com 4,4 anos, e Toropi, com 5,2 anos.

Sobre a série de cadernos

A série Cadernos RS no Censo 2022 tem como objetivo difundir os principais dados do Censo Demográfico para o Estado, por meio de recortes temáticos, de forma ilustrativa e acessível. O primeiro volume abordou a estrutura populacional e o segundo, os dados dos domicílios.

Fonte: O Sul