Papa Leão XIV celebra primeira missa e pede cessar-fogo imediato na Ucrânia, Gaza e Paquistão
11 de maio de 2025

O Papa Leão XIV celebrou neste domingo (11) sua primeira missa como líder da Igreja Católica e conduziu a tradicional oração Regina Caeli, aparecendo na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para abençoar os fiéis. Foi sua segunda aparição pública desde a eleição, ocorrida no último dia 8 de maio.
Em um discurso marcado por forte apelo humanitário, Leão XIV pediu um cessar-fogo imediato nos conflitos da Ucrânia, em Gaza e no Paquistão, destacando a urgência de interromper os ciclos de violência. “Peço aos grandes homens do mundo que parem as guerras”, declarou o pontífice, que dedicou sua primeira mensagem oficial à promoção da paz.
A fala de Leão XIV ocorre em meio a um cenário global de instabilidade e ecoa o tom pastoral que marcou os primeiros pronunciamentos de seu antecessor, o Papa Francisco. Com forte base missionária e experiência em comunidades vulneráveis, o novo Papa assume o posto com uma trajetória ligada à atuação social e pastoral, especialmente durante a pandemia.
Raízes latino-americanas e missão de paz
De cidadania peruana, Leão XIV traz para o papado uma sensibilidade sul-americana e uma história de proximidade com os povos da região. A escolha de seu nome — evocando tradições eclesiais — reforça o simbolismo de uma liderança voltada ao diálogo e à reconciliação em tempos de tensão global.
Para o professor de filosofia e teologia Luciano Gomes dos Santos, a mensagem inaugural do Papa revela não apenas seu posicionamento político e espiritual, mas também um projeto claro de continuidade. “Ele bebe de fontes bíblicas e segue os passos de Francisco, promovendo a paz e o cuidado com os mais pobres”, afirmou o especialista.
A expectativa é que o novo pontífice mantenha a atenção voltada à América Latina. Antes mesmo de sua eleição, Leão XIV já havia manifestado desejo de visitar o Brasil. Agora, acredita-se que sua agenda incluirá regiões marcadas por conflitos sociais, reforçando a diplomacia vaticana como instrumento de aproximação e pacificação.