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“Gaúchos ainda levarão alguns anos para fortalecer estruturas contra desastres climáticos”, avalia o governador Eduardo Leite

Estado

26 de abril de 2025

“Gaúchos ainda levarão alguns anos para fortalecer estruturas contra desastres climáticos”, avalia o governador Eduardo Leite
Foto: Maurício Tonetto/Secom

Um ano após as enchentes históricas no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirma que o Estado vem implementando ações para mitigar os possíveis impactos de novas cheias, mas diz que a formação de sistemas de proteção “robustos” demanda mais tempo.

Segundo ele, os gaúchos ainda levarão “alguns anos” para fortalecer a estrutura contra desastres, assim como teria ocorrido em outros locais que viveram situações semelhantes.

“Se você olhar qualquer lugar do mundo, Nova Orleans, Holanda ou Japão, depois de grandes desastres, a resiliência ou a capacidade de suportar a partir de grandes obras e investimentos os eventos climáticos extremos levou dez anos, 15 anos, para se constituir. Nova Orleans levou pelo menos dez anos. A gente tem que ter a consciência de que sistemas de proteção robustos, como os que o Rio Grande do Sul precisa ter para proteger as suas cidades, levarão alguns anos”, disse.

O governador ainda não confirma se vai trocar o PSDB pelo PSD, mas relatou em entrevista à Folha que tem “disposição” para concorrer à Presidência da República em 2026.

“O PSDB está em processo de discussão até o final deste mês. No dia 29 de abril, tem uma reunião, inclusive, da executiva, que deve encaminhar o destino como partido. O que nós ajustamos é que nenhuma decisão individual acontecesse antes desse período. A minha disposição é de construir uma candidatura à Presidência da República, onde entendo que posso dar uma contribuição, onde desejo dar uma contribuição, para apresentar uma alternativa a esta polarização que está no País e que é destrutiva”, afirmou.

Após as enchentes, Leite chegou a cobrar mais ações de apoio do governo Lula (PT), que respondeu pedindo agradecimento pela ajuda ao estado.

“Se Narciso acha feio o que não é espelho, o PT acha feio tudo que não é elogio. Nós agradecemos. Eu agradeço o acordo que se fez em relação à dívida para a construção de um fundo de reconstrução. Agradeço o crédito que foi aportado com recursos do Fundo Social”, salientou.

“Agradeço o anúncio das moradias e fico na expectativa do cumprimento, porque até agora apenas 1.500 unidades foram viabilizadas através do programa de Compra Assistida, do governo federal. O presidente esteve aqui dizendo que teria casa para todo mundo que precisasse. O governo federal fez ações em direção ao Estado. Reconhecemos e agradecemos, mas não deixamos de demandar tudo aquilo que é necessário. Meu papel como governador não é adular o presidente e bater palmas simplesmente”, complementou.

Fonte: O Sul