Por que comemos ovos de chocolate na Páscoa?
17 de abril de 2025

Quando a Páscoa se aproxima, prateleiras de supermercados se enchem de ovos de chocolate e coelhinhos aparecem em embalagens, propagandas e decorações. Mas por que esses dois símbolos estão ligados a esta celebração?
A resposta está em uma mistura de tradições religiosas e antigas festividades pagãs.
O ovo como símbolo de renovação
Antes do surgimento do chocolate, os ovos já eram associados à Páscoa. Nas culturas pagãs da Europa, ele simbolizava fertilidade e a renovação da vida.
Já na Páscoa judaica, ou Pessach, o ovo cozido representa tanto a rigidez do coração do faraó, que se recusou a libertar os judeus, quanto o ciclo contínuo da vida. Povos antigos, como os romanos, também viam o ovo como uma alegoria da vida e renascimento.
Com o passar do tempo, o cristianismo incorporou essa tradição às celebrações religiosas. O alimento passou então a representar a ressurreição de Jesus Cristo e o renascimento espiritual.
Durante a Idade Média, por exemplo, era comum que os fiéis jejuassem durante a Quaresma e deixassem de comer carne e ovos. Ao término desse período, os ovos acumulados eram consumidos e até mesmo decorados como símbolo do fim da privação.
A relação entre o coelho e a Páscoa são incertas, mas tem raízes tanto em tradições pagãs quanto cristãs.
No paganismo, o animal era associado à fertilidade devido à rápida reprodução. Ele também era ligado à deusa Ostara, da mitologia anglo-saxã. Ela era a personificação da fertilidade e do despertar da vida após o rigor do inverno, ou seja, a deusa da primavera.
Por outro lado, uma explicação cristã sugeria que o coelho, ou a lebre, era um símbolo de castidade. Acreditava-se que ele podia se reproduzir sem relações sexuais, sendo associado à Virgem Maria.
E o chocolate?
No século XVIII, confeiteiros franceses começaram a produzir ovos de chocolate recheados com bombons, embora fossem acessíveis para poucos por serem caros. Mesmo assim, ideia logo se espalhou.
Hoje, o ovo de chocolate é uma guloseima popularmente associada à Páscoa e que movimenta o comércio no Brasil e no mundo.
Fonte: CBN