Draco recupera armas roubadas em Não Me Toque, e apreende casal em bairro de Carazinho

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) de Carazinho cumpriu, na tarde desta segunda-feira (24), um mandado de busca e apreensão em uma investigação sobre tentativa de homicídio. A operação ocorreu no bairro Vila Rica e resultou na apreensão de armamento vinculado a uma facção criminosa, além da detenção de uma mulher e um adolescente.

Durante a ação, os policiais encontraram dois revólveres, sendo um com a numeração raspada e outro roubado em um assalto a residência em Não-Me-Toque. Também foram apreendidas munições e peças de uma motocicleta, possivelmente utilizada no crime investigado.

O delegado Leandro Antunes, titular da DRACO de Carazinho, destacou o trabalho da polícia no combate ao tráfico de drogas e à posse ilegal de armas na região. “Temos uma atuação intensa contra o tráfico e a posse de armas de fogo, sempre vinculadas às facções que atuam em Carazinho e cidades vizinhas. Muitas vezes, as investigações partem de denúncias da população, que são verificadas antes de solicitarmos mandados judiciais. Felizmente, temos obtido êxito em nossas operações”, afirmou.

A apreensão dos armamentos pode contribuir para esclarecer o assalto ocorrido em Não-Me-Toque. “Foi um roubo a uma residência, onde os criminosos levaram armas de fogo, munições e uma caminhonete. A investigação segue com a delegacia de Não-Me-Toque, mas já identificamos possíveis conexões com indivíduos de Carazinho ligados a essa facção criminosa”, explicou Antunes.

O delegado também ressaltou o envolvimento crescente de facções criminosas em diferentes tipos de delitos. “Não é mais apenas uma questão de tráfico de drogas. Esses grupos estão expandindo suas atividades para crimes patrimoniais, como roubos e estelionatos, o que exige um trabalho cada vez mais aprimorado da polícia”, pontuou.

Em relação aos homicídios na região, Antunes afirmou que, até o momento, não há ligação entre os assassinatos registrados em Não-Me-Toque neste ano. Já em Carazinho, foram contabilizados seis homicídios em 2025, com indícios de envolvimento da mesma facção investigada. “Esse grupo tem se destacado pela prática de homicídios, o que tem exigido um combate mais eficiente da nossa parte, em conjunto com a Brigada Militar. Já solicitamos algumas prisões preventivas e seguimos com operações para conter essa violência”, concluiu o delegado.