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Experimento na Casa da Produção Animal mostra como tornar o milho mais produtivo com um ciclo menor

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12 de março de 2025

Experimento na Casa da Produção Animal mostra como tornar o milho mais produtivo com um ciclo menor
Divulgação / Cotrijal

A Casa da Produção Animal, na 25ª Expodireto Cotrijal, traz uma importante novidade para os pecuaristas. No local, é possível observar o resultado de um experimento realizado na Área Experimental da Cotrijal que busca tornar o milho mais produtivo para a produção de forragem. O objetivo é transferir essa tecnologia para os produtores.

O engenheiro agrônomo da Cotrijal, Marcelo da Silveira Pinto, relata que, neste ano, foi feito um experimento com milho comparando o desenvolvimento radicular das variedades em diferentes tipos de pH de solo.

“Focamos principalmente no pH do solo. Pegamos um solo com um pH mais ácido, outro com metade de um pH mais ácido e um pH neutro, e por fim, um solo apenas com pH neutro. Plantamos esses materiais no final de janeiro e, depois, fomos verificar o desenvolvimento radicular. O foco é na raiz, que está abaixo da linha do solo e que o produtor não enxerga”, explica Silveira.

O resultado pode ser conferido em um tablado de isopor com a raiz dessecada, em um vasos hidropônico e em vasos propriamente dito onde estão expostas plantas cultivadas em um solo corrigido e outras em um solo não corrigido. O produtor consegue visualizar que um simples detalhe, como o pH, interfere no desenvolvimento radicular e, consequentemente, em toda a produção porque é através da raiz que a planta se alimenta.

“A magia para tornar isso realidade é nada mais do que uma análise de solo e calcário para corrigir o pH, trazendo esse pH mais ácido para um pH entre seis e 6,5. Desta forma, conseguimos estimular o desenvolvimento radicular de forma fantástica”, afirma o agrônomo.

De acordo com Silveira, não basta os produtores analisarem apenas a camada arável, entre zero a 20 centímetros, mas construir fertilidade em perfil de solo e, por consequência, visualizar camadas que vão de zero a 40cm, ou até 60cm, a fim de estimular a raiz para crescer em profundidade.

“Isso fica muito nítido nos nossos vasos, que possuem em torno de 50cm. Naquele vaso que possui o solo corrigido as raízes foram até o final e desenharam certinho o retângulo do vaso. Ou seja, a raiz cresceu tanto que se aprofundou no solo”, relata Silveira.

Estiagem

O engenheiro agrônomo lembra que o solo seca de cima para baixo, o que significa que um solo seco em cima pode ter umidade embaixo.

“Então se a planta consegue enraizar, ela penetra suas raízes em maior profundidade e vai conseguir `bombear` a água e manter a planta sem sentir tanto a estiagem mais em cima. Se as raízes não conseguem se aprofundar, as primeiras camadas são as primeiras a secar, logo ela vai sentir o estresse hídrico”, explica Silveira.

O ideal, segundo o profissional, é trabalhar com o calcário seis meses antes do plantio para ir neutralizando a acidez e inativar o alumínio presente no solo, que é tóxico para o desenvolvimento radicular.

Mais detalhes sobre o manejo podem ser obtidos com os técnicos da Cotrijal que estão presentes na Casa da Produção Animal.