Microsoft anuncia fim do Skype
28 de fevereiro de 2025
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O Skype tocará pela última vez no próximo dia 5 de maio, quando sua proprietária, a Microsoft, aposentará o serviço de chamadas pela internet, que existe há duas décadas e redefiniu a maneira como as pessoas se conectam.
O encerramento do Skype ajudará a empresa a focar em seu serviço interno, o Teams, simplificando suas ofertas de comunicação, disse a gigante do software nesta sexta-feira (28).
Fundada em 2003, as chamadas de áudio e vídeo do Skype rapidamente interromperam a indústria de telefonia fixa no início dos anos 2000 e fizeram da empresa um nome familiar, ostentando centenas de milhões de usuários em seu pico. Mas a plataforma tem lutado para acompanhar rivais mais fáceis de usar e mais confiáveis, como o Zoom e o Slack nos últimos anos.
O declínio ocorreu em parte porque a tecnologia subjacente do Skype não era adequada para a era dos smartphones.
Quando a pandemia e o trabalho remoto impulsionaram a necessidade de chamadas comerciais on-line, a Microsoft lutou pelo Teams integrando-o agressivamente a outros aplicativos do pacote Office para atingir usuários corporativos — uma base importante para o Skype.
Para facilitar a transição da plataforma, seus usuários poderão fazer login no Teams gratuitamente em qualquer dispositivo compatível usando suas credenciais existentes, com chats e contatos migrando automaticamente.
Com isso, o Skype se tornará a mais recente de uma série de apostas de alto nível que a Microsoft administrou de maneira falha, como o navegador da web Internet Explorer e seu Windows Phone. Outras grandes empresas de tecnologia também têm lutado com ferramentas de comunicação online, com o Google.
A Microsoft se recusou a compartilhar os últimos números de usuários do Skype e disse que não haveria cortes de empregos devido à mudança. Ela acrescentou que o Teams tem cerca de 320 milhões de usuários ativos mensais.
Quando a Microsoft comprou o Skype em 2011 por US$ 8,5 bilhões após superar o Google e o Facebook — seu maior negócio na época — o serviço tinha cerca de 150 milhões de usuários mensais; em 2020, esse número caiu para aproximadamente 23 milhões, apesar de um breve ressurgimento durante a pandemia.
Fonte: Forbes