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39ª CRE adota medidas para manter aulas na rede estadual na região

Educação

28 de fevereiro de 2025

39ª CRE adota medidas para manter aulas na rede estadual na região
Foto: Reprodução

O 39º Núcleo do Cpers, sindicato que representa os profissionais da Educação no Rio Grande do Sul, encaminhou uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho da 4ª Região contra a Secretaria da Educação (Seduc) devido à permanência das aulas durante a onda de calor extremo no Estado. O sindicato havia solicitado, na sexta-feira (21), a suspensão das atividades escolares, pedido que não foi atendido pela Seduc.

Na denúncia, o 39º Núcleo do Cpers também solicitou a elaboração de um protocolo de ação para situações de calor extremo, a ser desenvolvido em conjunto com os educadores. Outras reivindicações incluem a instalação de bebedouros em todas as escolas estaduais, verbas para a aquisição de alimentos adequados para o consumo em temperaturas elevadas e a modernização das redes elétricas para permitir o funcionamento de aparelhos de ar-condicionado.

Em entrevista ao Grupo Ceres de Comunicação, o professor Marcelo Kolling, coordenador da 39ª Coordenadoria Regional de Educação de Carazinho, explicou que a situação foi debatida em reunião realizada em Porto Alegre, com a presença da secretária de Estado da Educação, Raquel Teixeira, e representantes do sindicato. Segundo Kolling, a solução encontrada foi garantir autonomia para cada escola decidir sobre possíveis ajustes no horário de funcionamento, especialmente nos turnos da tarde, quando as temperaturas são mais elevadas.

Ainda de acordo com Kolling, todas as 55 escolas da região de Carazinho possuem ventiladores funcionando, mas algumas enfrentam limitações na infraestrutura elétrica, impossibilitando o uso pleno dos aparelhos de ar-condicionado. Diante dessa realidade, as escolas podem adotar um sistema de rodízio para o uso dos equipamentos e, caso seja necessário, recorrer às coordenadorias regionais para avaliar a viabilidade da suspensão temporária das atividades em situações mais críticas.

O professor também revelou que engenheiros elétricos da Coordenadoria Regional de Obras já iniciaram vistorias em algumas escolas para levantar as necessidades de melhorias. A previsão é que, a partir de março, comece a modernização das redes elétricas nas unidades que apresentarem maior deficiência nesse quesito. Segundo Kolling, as obras serão agilizadas por meio de um sistema de licitação antecipada, que permite a contratação rápida das empresas responsáveis pelo serviço.

Outro tema abordado na reunião em Porto Alegre foi a deficiência de professores em algumas escolas da região. Kolling explicou que, apesar de um início de ano letivo com o quadro quase completo, a concorrência com as redes municipais, que oferecem salários mais atrativos, tem levado docentes a migrarem para esses sistemas de ensino. Para tentar solucionar essa situação, a coordenadoria participa de um programa chamado Jovem de Futuro, realizado pelo governo do Estado em parceria com a instituição Unibanco, com o objetivo de melhorar os indicadores de aprendizagem e fortalecimento do ensino público.

Com a previsão de continuidade da onda de calor até o dia 6 de março, a manutenção das aulas seguirá sendo avaliada conforme as condições estruturais de cada escola e a capacidade de oferecer um ambiente minimamente adequado para alunos e professores.