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Criminalidade em Não-Me-Toque: balanço de 2024 revela aumento em homicídios e casos de violência contra a mulher

Segurança

23 de janeiro de 2025

Criminalidade em Não-Me-Toque: balanço de 2024 revela aumento em homicídios e casos de violência contra a mulher
Casos de roubo a pedestres caíram de seis para um, e os furtos também tiveram redução significativa, de oito para quatro registros.
Foto: Divulgação / BM

O comando do 3º Pelotão da Brigada Militar de Não-Me-Toque apresentou um balanço das ocorrências registradas em 2024. Segundo o Tenente Marcelo Petry, os índices de criminalidade no município e região são considerados controlados.

Os dados foram destacados em entrevista ao Grupo Ceres de Comunicação e abrangem os quatro municípios atendidos pelo pelotão: Não-Me-Toque, Tio Hugo, Colorado e Victor Graeff. “Em geral, os números permanecem estáveis ou em queda em crimes graves, mas homicídios e ocorrências de violência doméstica exigem atenção”, analisou o comandante.

Casos de roubo a pedestres caíram de seis para um, e os furtos também tiveram redução significativa, de oito para quatro registros. No entanto, os roubos a residências aumentaram de um para dois casos. “Mesmo com um aumento percentual em roubos residenciais, os números absolutos ainda são baixos. Nosso objetivo é sempre trabalhar para que não haja nenhuma ocorrência”, comentou Petry.

O dado mais alarmante foi o aumento de homicídios. Em 2023, ocorreram dois casos em Não-Me-Toque, enquanto em 2024 esse número subiu para cinco. Entre as vítimas estavam duas mulheres, incluindo uma empresária encontrada morta em casa e outra em uma área rural. Dos três homens assassinados, apenas dois casos tinham relação com o tráfico de drogas, diferentemente dos anos anteriores, quando a maioria dos homicídios estava associada ao crime organizado.

Nos quatro municípios atendidos pelo 3º Pelotão, o total de homicídios foi de 10, incluindo dois em Tio Hugo, dois em Colorado e um em Victor Graeff. Este último foi resultado de um confronto entre um criminoso e policiais, contabilizado como estatística de morte. “Os homicídios representam a maior perda, pois tratam-se de vidas humanas. Infelizmente, muitos desses crimes são impossíveis de prever ou evitar”, afirmou o comandante.

Violência contra a mulher

As ocorrências relacionadas à Lei Maria da Penha também cresceram em 2024, com 66 registros no município. Embora os atendimentos iniciais sejam feitos pela Brigada Militar, os casos são encaminhados para a Polícia Civil.

Petry atribui o aumento à maior conscientização das mulheres sobre seus direitos. “Acredito que muitas dessas situações já aconteciam no passado, mas as mulheres não denunciavam por medo ou dependência financeira. Hoje, elas estão mais informadas e empoderadas para buscar justiça”.

O balanço reforça a importância de ações preventivas e do fortalecimento das redes de proteção às vítimas de violência. Para 2025, a expectativa é continuar investindo na segurança pública e na conscientização da comunidade. “Nosso trabalho é constante. Seguiremos empenhados em reduzir ainda mais os índices de criminalidade e garantir a tranquilidade da população”, concluiu Petry.