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Incêndios florestais no sul da Califórnia representam graves riscos à saúde pública

Mundo

09 de janeiro de 2025

Incêndios florestais no sul da Califórnia representam graves riscos à saúde pública
Trocar imagemTrocar imagem1 de 10 Uma casa é tomada pelas chamas durante o incêndio de Eaton, na área de Altadena, no Condado de Los Angeles, nesta quarta-feira, 8 de janeiro.
Foto: Getty Images

Os incêndios florestais no sul da Califórnia estão levantando preocupações graves sobre os impactos à saúde, mesmo para aqueles que estão longe das áreas afetadas. De acordo com Anne Rimoin, professora de epidemiologia da Universidade da Califórnia, as partículas finas liberadas pela queima de vegetação são especialmente perigosas.

“Essas partículas podem percorrer longas distâncias, penetrar profundamente nos pulmões e até mesmo entrar na corrente sanguínea”, explicou Rimoin.

Grupos mais vulneráveis, como pessoas com doenças crônicas, gestantes e jovens, estão particularmente em risco devido à má qualidade do ar. Rimoin orienta que, se possível, as pessoas permaneçam em casa, mantenham portas e janelas fechadas, utilizem ar condicionado e instalem filtros de ar. Para aqueles que precisam sair, o uso de máscaras N95 é altamente recomendado.

A qualidade do ar na região alcançou o nível mais alto de alerta, classificado como “perigoso” – 6 em uma escala de 6, conforme dados recentes da plataforma IQAir.

Mesmo com precauções, algumas famílias estão enfrentando dificuldades extremas. Tony Espinoza, morador de Pasadena, relatou que a fumaça densa os forçou a deixar a casa, mesmo com filtros HEPA instalados.

“Não conseguíamos mais respirar”, disse Espinoza à KSNV, afiliada da CNN. Ele e outros 13 familiares fugiram para Las Vegas, onde planejam permanecer até que os incêndios sejam contidos. “Fizemos as malas para três dias, mas temos empregos, aluguel e contas a pagar”, lamentou.

Além disso, um estudo publicado recentemente na revista Nature Communications apontou que o calor extremo dos incêndios florestais pode transformar metais presentes no solo em partículas aéreas cancerígenas.

“Metais pesados, como o cromo, presentes na fumaça e na poeira deixada pelos incêndios, têm sido amplamente negligenciados”, afirmou Scott Fendorf, coautor do estudo e professor da Stanford Doerr School of Sustainability.

Os especialistas destacam a necessidade de medidas mais abrangentes para proteger a saúde pública e mitigar os danos provocados pelos incêndios florestais, que estão se tornando cada vez mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas.