Primavera de 2024 apresenta melhores condições para conforto térmico na produção leiteira
19 de dezembro de 2024
A primavera de 2024 trouxe um cenário mais favorável para o conforto térmico animal na produção leiteira em comparação com anos anteriores, conforme aponta o Comunicado Agrometeorológico 79 – Especial Biometeorológico Primavera 2024. A análise foi conduzida pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
O estudo avaliou dados meteorológicos, como precipitação, temperatura e umidade do ar, e utilizou o Índice de Temperatura e Umidade (ITU) para identificar faixas de conforto e desconforto térmico para vacas leiteiras. Apesar das altas temperaturas e da umidade relativa elevada, a menor incidência de chuvas em relação a 2023 contribuiu para amenizar o impacto na produção leiteira.
Estresse térmico ainda foi significativo
Situações de estresse térmico calórico foram observadas, especialmente em novembro. Durante o trimestre, cerca de 41% das horas avaliadas indicaram desconforto térmico, com estresse leve a moderado identificado em 23,6% do período.
As regiões mais afetadas foram Vale do Uruguai, Baixo Vale do Uruguai, Depressão Central, Ibirubá, Teutônia, São Luiz Gonzaga e Uruguaiana, onde os índices de desconforto térmico superaram 40% das horas analisadas.
O impacto na produção diária de leite foi mais significativo em vacas de alta produtividade. Em locais como Porto Vera Cruz e São Luiz Gonzaga, as condições climáticas da primavera resultaram em quedas de produção estimadas entre 13,8% e 32%.
Comparação com a primavera de 2023
Na primavera anterior, as temperaturas elevadas e a alta umidade, combinadas com grandes variações entre máximas e mínimas, causaram quedas na produção em todas as dez regiões avaliadas. Este ano, embora ainda desafiador, os produtores enfrentaram condições menos severas, mas seguiram atentos ao manejo para evitar prejuízos econômicos.
A pesquisa reforça a importância do monitoramento contínuo das condições climáticas e da adoção de medidas que minimizem o impacto do estresse térmico na atividade leiteira.
Fonte: CP