Mobilização reúne produtores da região por melhores condições para renegociação de dívidas
Agronegócio
13 de agosto de 2024
Produtores rurais. Foto: Felipe Keller
Uma grande mobilização aconteceu nesta terça-feira (13) no munícipio de Tapera. A manifestação reuniu milhares de produtores de diferentes cidades da região. A concentração ocorreu no pátio de uma empresa que cedeu o espaço. Os tratores ficaram as margens da rodovia entre o trevo de acesso a cidade e o posto do Comando Rodoviário da Brigada Militar.
A organização teve pontos de encontro em diferentes cidades. Os produtores de Não-Me-Toque, se encontraram com os demais agricultores em Lagoa dos Três Cantos. Os demais locais foram Espumoso, Selbach e Victor Graeff.
O trânsito durante a manifestação não foi interrompido, por isso, o tráfego transcorreu normalmente nos dois sentidos. O Movimento SOS Agro RS deseja uma melhor condição de pagamento das dívidas acumuladas nos últimos anos, com prejuízos ocasionados por três secas e duas enchentes.
Audiência
Em todo estado aconteceram ações semelhantes envolvendo mais de 100 cidades do Rio Grande do Sul, paralelamente à reunião de líderes em Brasília que começou às 11h da manhã. A audiência pública foi transmitida ao vivo em telões espalhados pelas cidades gaúchas.
Entre os presentes estavam o presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), o presidente da Cotrijal, de Não-Me-Toque/RS, Nei Mânica. A sessão foi presidida pelo deputado Marcel van Hattem (NOVO-RS).
O ministro da Agricultura Carlos Fávaro, participou da audiência pública por vídeo. Em seu pronunciamento, garantiu prorrogação da moratória para as dívidas rurais do RS até 15 de setembro.
Na ocasião, quem teve perdas de até 30% da renda, Fávaro assegurou prorrogação até 15 de outubro. E aos que tiveram comprometimento superior a 60%, o ministro garantiu o prazo de até 15 de novembro. As medidas, segundo ele, foram aprovadas em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Mas, o setor questiona o decreto nº 12.138 divulgado na terça, que regulamenta a Medida Provisória nº 1.247 e, afirma se tratar de uma verdadeira “gincana burocrática” na avaliação do assessor da presidência da Farsul (Federação de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), Luís Fernando Pires.
O movimento sem partido busca um período de 15 anos para pagamento, dois anos de carência e juro de 3%.
Entrevistas
Assista com os organizadores do movimento na região: https://fb.watch/tXvIeah7B0/
Ouça presidente do Sindicato Rural de Não-Me-Toque, Teodora Lütkemeyer:
Ouça a entrevista com o agricultor Juliano Karlin:
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