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Brasil está entre os países com maior proporção de jovens que estão fora da escola e sem trabalhar, diz OCDE

Educação

30 de agosto de 2023

Brasil está entre os países com maior proporção de jovens que estão fora da escola e sem trabalhar, diz OCDE

Um levantamento realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) coloca o Brasil na lista dos países com uma das maiores proporções de jovens que se encontram fora do sistema educacional e desempregados.

Na esfera estatística, os jovens que não se encontram nem estudando, nem trabalhando, frequentemente referidas como “nem-nem”. O sociólogo Fausto Augusto Júnior, porém, prefere o termo “sem-sem”.

Segundo ele o termo ‘nem-nem’ sugere que os jovens escolhem não estudar ou trabalhar. No entanto, a decisão de abandonar a escola não é uma escolha, mas sim uma consequência das circunstâncias sociais. Da mesma forma, o fato de não conseguirem emprego não é resultado de falta de esforço na busca por oportunidades, mas sim da escassez de oportunidades para essa faixa etária.

Essa situação não é apenas preocupante em termos econômicos; é uma questão que envolve aspectos macro e microeconômicos. Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia da USP, aponta que a expectativa de vida está aumentando, porém há cada vez menos jovens e uma parcela significativa desses jovens provavelmente não terá condições de sustentar a população idosa.

Entre os 37 países avaliados pela OCDE, o Brasil ocupa a segunda posição em relação à proporção de jovens que estão fora da escola e desempregados, ficando atrás apenas da África do Sul.

Uma observação mais detalhada revela uma divisão marcante no Brasil. Nas regiões mais carentes, onde se concentra a maioria da população, a proporção de jovens que não estão estudando nem trabalhando supera a média nacional. No entanto, nas áreas mais ricas do país, a situação é inversa, com uma proporção bem menor de jovens na mesma situação. Essa disparidade perpetua o cenário de desigualdade.

Economistas e sociólogos estão apreensivos e argumentam que é crucial abordar essa fase de transição para o mercado de trabalho. Isso não apenas visa garantir o futuro desses jovens, mas também o futuro do país como um todo.