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Brasil comandará Mercosul, G20 e Conselho da ONU neste semestre

por Daiane Giesen
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Neste segundo semestre, o Brasil deve assumir a liderança de três importantes organizações multilaterais: o Mercosul, composto pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai; o G20, que representa as 20 principais economias do mundo; e o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem planos de intensificar sua agenda diplomática por meio de viagens nos próximos meses. Ele tem previsto visitar a Bélgica para participar da cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia, a África do Sul para a cúpula dos Brics e os Estados Unidos para a Assembleia Geral da ONU.

Inicialmente, estava previsto que o Brasil assumiria a liderança do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a partir do próximo ano. No entanto, devido à sua designação para comandar o G20 em dezembro, o Brasil transferiu a liderança do Brics para a Rússia. Agora, o Brasil assumirá a presidência do bloco apenas em 2025.

Nesta terça-feira (4), o Brasil tomará a liderança do Mercosul. Desde que assumiu o cargo, o presidente tem enfatizado a necessidade de fortalecer o grupo. Os diplomatas esperam que o presidente Lula adote medidas para impulsionar o avanço do acordo comercial com a União Europeia. Esse texto vem sendo negociado desde 1999 e, desde 2020, está em fase de revisão.

No governo brasileiro, há uma expectativa de que o acordo seja concluído até o final deste ano, aproveitando a liderança do Brasil no Mercosul e a participação ativa da Espanha, representando a União Europeia. Ambos os países estão empenhados na conclusão das negociações.

A liderança do G20 será assumida em dezembro. O grupo é composto por representantes das principais economias mundiais. Atualmente, a presidência do grupo é ocupada pela Índia. O Brasil permanecerá à frente do G20 até novembro do próximo ano, sendo que o Rio de Janeiro foi escolhido como sede da cúpula do grupo em 2024.

Espera-se que o presidente Lula coloque em pauta no grupo discussões sobre desigualdade e sustentabilidade. Em declarações recentes, o presidente tem enfatizado a necessidade de mudanças na atuação do G20, incluindo a participação da União Africana e a ampliação dos temas discutidos, como inflação e taxa de juros.

A partir de outubro deste ano, o Brasil assumirá também a presidência do Conselho de Segurança da ONU. Essa posição é rotativa e muda mensalmente. Em diversos fóruns internacionais, o presidente tem realizado discursos frequentes defendendo a necessidade de reforma do conselho. Ele argumenta que o organismo precisa ser mais representativo, incluindo países da América do Sul, África, Europa e Ásia. O presidente destaca a importância de ampliar a participação de diferentes regiões para garantir uma maior diversidade e equidade nas decisões tomadas pelo Conselho de Segurança.

O conselho tem 15 membros, cinco deles têm os chamados assentos permanentes: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Os outros dez são rotativos, sendo que o mandato atual do Brasil acaba em dezembro deste ano.

 

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