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Governo do RS divulga efeitos do ciclone extratropical na agricultura

por Jéssica Gomes
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A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) apresentou, nesta quinta-feira (22), um relatório realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), em relação com os efeitos do ciclone extratropical que atingiu o estado do Rio Grande do Sul em junho deste ano. O material expõe perdas relacionadas a infraestrutura, produção primária, agroindústrias e cooperativas agropecuárias, além de apresentar um panorama da situação dos povos e comunidades tradicionais.

De acordo com o relatório, os prejuízos causados pelo ciclone extratropical foram significativos. A infraestrutura rural foi bastante afetada, com a destruição de estradas, pontes, galpões, silos e outras estruturas. Já a produção primária, que inclui culturas como soja, milho, trigo e feijão, sofreu perdas significativas, o que pode impactar a economia do estado nos próximos meses.

Na infraestrutura, por exemplo, foram afetados 4.094,20 quilômetros de estradas vicinais, o que gerou problemas de escoamento da produção para 291 comunidades. Ou seja, muitos produtores tiveram dificuldades para transportar seus produtos para comercialização.

Além disso, o ciclone extratropical também afetou diversas construções e instalações rurais, chegando a um total de 1.595. Isso significa que muitos produtores rurais tiveram prejuízos consideráveis em suas propriedades. E não foram apenas as construções que foram afetadas, as principais culturas de grãos também sofreram com o fenômeno, especialmente o milho e a silagem de milho.

Na fruticultura A produção de banana nas encostas da Serra do Mar e a citricultura nas regiões dos Vales foram as culturas mais prejudicadas da região. No total, 2.471 produtores tiveram perdas na produção de frutas. Além disso, muitos produtores tiveram que lidar com a queda de árvores e a destruição de pomares. Já na olericultura, os danos foram nas lavouras de hortaliças, como alface, couve e cenoura.

O município de Maquiné, localizado no litoral norte do Rio Grande do Sul, foi o primeiro a ter a situação de emergência homologada pelo Estado e reconhecida pelo ente federal após as fortes chuvas que atingiram a região em junho deste ano. As perdas estimadas foram de R$ 52.200.000, tornando-o o mais prejudicado do Estado.

Na quarta-feira (21/6), uma comitiva do governo estadual esteve reunida com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, em Brasília, para apresentar a primeira estimativa de recursos necessários para apoio da União na reconstrução de cidades afetadas pelo ciclone. A reunião foi de extrema importância, pois o reconhecimento dos decretos de homologação da situação de emergência é o primeiro passo para a liberação de recursos. Com isso, o governo do estado poderá dar início às ações de reconstrução das áreas afetadas.

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