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Após assassinato de candidato à presidência, governo do Equador declara estado de exceção e mantém eleições

por Jéssica Gomes
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Em pronunciamento na madrugada da última quinta-feira (10), o presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção e garantiu que as eleições presidenciais no país estão mantidas para o dia 20 deste mês.

A medida foi tomada horas depois de um dos candidatos à presidência, Fernando Villavicencio, ser assassinado a tiros ao deixar um comício em Quito. Nove pessoas ficaram feridas no atentado. Seis suspeitos foram presos e um foi morto durante troca de tiros com a polícia.

Lasso afirmou que, com o estado de exceção, as Forças Armadas foram mobilizadas para garantir as eleições e a segurança nacional. “Diante da perda de um democrata e um lutador, as eleições não estão suspensas. Ao contrário. Estas serão realizadas, e a democracia precisa se fortalecer. Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia”, disse o presidente.

Lasso afirmou ainda que o Equador não vai retroceder diante “daqueles que buscam amedrontar” o país. O presidente garantiu que as instituições democráticas não entregarão o poder ao crime organizado.

O grupo criminoso Los Lobos, um dos maiores do país, assumiu a autoria do ataque e disse que “é isso que acontece com políticos corruptos que não cumprem suas promessas”.

Em um vídeo divulgado pelo grupo, os criminosos dizem que o ex-candidato teria recebido milhões de dólares do Los Lobos para financiar sua campanha.

O governo equatoriano também decretou luto oficial de três dias para homenagear Villavicencio. O Itamaraty publicou uma nota transmitindo suas condolências aos familiares, ao governo e à população equatoriana.

Villavicencio foi atingido por tiros na cabeça. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o candidato deixando o local onde acontecia o comício. Ele é colocado em um carro por agentes de segurança. Em seguida, é possível ouvir uma série de disparos de arma de fogo.

Segundo o governo do Equador, os criminosos também usaram uma granada durante o atentado, mas o artefato não explodiu.

O partido Movimiento Construye, ao qual Villavicencio pertencia, informou que também teve a sua sede atacada por homens armados. Policiais fizeram buscas por bairros de Quito. Em um dos imóveis, os agentes encontraram armas e granadas.

 

 

Fonte: O Sul

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